O Papa Francisco aprovou a união homoafetiva? Entenda o caso

Foto: Fauk74-canva pro.

Diante de mais uma polêmica em torno de pronunciamentos do Papa Francisco a grande mídia noticiou que este havia aprovado a união homoafetiva. Mas, será mesmo?

Deixando claro

O site O Catequista fez uma longa explanação sobre o assunto e, convidamos você a separar um tempo para ler e compreender mais este fato.

Segue matéria na íntegra:

É treta, povo católico!

Hoje (21-10) o Papa Francisco foi novamente notícia por conta de uma declaração dada no documentário “Francesco”, que estreou no Festival de Cinema de Roma. O filme aborda a pastoral do Papa e suas opiniões sobre temas sociais em evidência.

A fala que caiu como uma bomba na imprensa aconteceu em uma parte do filme dedicada à questão das pessoas com atração pelo mesmo sexo, e foi a seguinte:

“Os homossexuais têm o direito de estar em uma família. São filhos de Deus e têm o direito de estar em uma família. Não se pode expulsar ninguém de uma família ou atirar alguém na miséria por isso. O que temos que fazer é uma lei de convivência civil. Assim terão o direito de estar cobertos legalmente.” Este é o link do vídeo em espanhol.

Ponto a ponto

A primeira coisa que chama atenção é o fato de que Francisco não parece estar falando de uma união civil homossexual nas primeiras frases. Ele claramente parece estar se referindo ao problema de um homossexual ser expulso de sua família.

Então, quando ele diz que todos merecem ter família, não está, como a imprensa tem destacado, falando que eles deveriam “se casar”.

Na parte final da sua declaração, ele coloca a necessidade de uma lei de convivência civil. Nesse momento, o papa pode ainda estar falando sobre os direitos de um filho(a) homossexual. É difícil ter certeza sem ver o filme inteiro. Porém, é realmente mais provável que ele esteja falando da necessidade de garantir direitos para um relacionamento entre pessoas do mesmo sexo. E, nesse último caso, precisamos questionar:

Uma afirmação assim pode alterar a doutrina ou modus operandi da Igreja?

NÃO. EM HIPÓTESE ALGUMA. NADA MUDA!

O papa pode mudar a lei da Igreja?

É muito importante afirmar categoricamente que, se o Papa Francisco realmente afirmou ser favorável a esse tipo de união, nada muda em termos de doutrina ou conduta. Neste caso, estaríamos diante apenas de uma opinião pessoal e não de um ensinamento oficial do Magistério.

Em outras palavras: nenhum católico pode, a partir de uma frase solta de documentário, afirmar nada diferente da doutrina que a Igreja guarda há dois mil anos, e que é imutável. Sobre isso, ponto final. Não há dúvidas aqui.

Mas mesmo não mudando nada, faz sentido ir um pouco além de se debruçar sobre a pergunta que todos estão se fazendo nesse momento: O Papa Francisco é favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo?

A resposta aqui também é NÃO. Francisco não é favorável à união civil entre pessoas do mesmo sexo e muito menos à equiparação desse tipo de relacionamento com a família. Além disso, também é contra a adoção de crianças por “casais” (duplas) homossexuais.

A Deus o que é de Deus

O que se pode entender dentro do contexto deste documentário é que Francisco parece estar deixando claro que, se algo precisa ser feito, só pode ser feito na esfera civil e dentro de questões objetivas. Mas como podemos ter tanta certeza sobre o posicionamento de Francisco nesta questão?

Pelo seu histórico. Francisco sempre se posicionou contrário à legalização da união civil homossexual em todos os foros dos quais participou, e lutou ativamente contra uma lei do tipo na Itália e também na Argentina, quando ainda era arcebispo de Buenos Aires.

Para que não reste absolutamente nenhuma dúvida sobre isso, vamos mostrar uma lista completa dos pronunciamentos do Papa acerca do tema desde o início do seu pontificado, começando pelo mais recente. Assim, evitamos qualquer efeito nefasto de uma declaração mal entendida ou mesmo descuidada.

DECLARAÇÕES DE FRANCISCO SOBRE A FAMÍLIA E SOBRE A UNIÃO CIVIL HOMOSSEXUAL

Em 25/03/2017, diante das críticas da ONU à Itália por proibir a adoção de crianças por “casais” homossexuais, Francisco disse:

“Seria possível questionar-se: o Evangelho continua a ser alegria para o mundo? E mais ainda: a família continua a ser uma boa notícia para o mundo de hoje? Estou convicto que sim! E este «sim» encontra-se firmemente fundado no desígnio de Deus.

O amor de Deus é o seu «sim» à criação inteira e ao seu âmago, que é o homem. Trata-se do «sim» de Deus à união entre o homem e a mulher, em abertura e ao serviço da vida em todas as suas fases; é o «sim» e o compromisso de Deus a favor de uma humanidade muitas vezes ferida, maltratada e dominada pela falta de amor.

Por conseguinte, a família é o «sim» do Deus Amor. Somente a partir do amor a família pode manifestar, propagar e regenerar o amor de Deus no mundo. Sem o amor não podemos viver como filhos de Deus, nem como cônjuges, pais e irmãos.” (Carta, Encontro Mundial das Famílias, 2018)

A imagem de Deus

Em 02/10/2016, no voo de volta de sua viagem apostólica para a Geórgia e o Azerbaijão, Francisco disse:

“Quando falamos do casamento como união de homem e mulher, como Deus os fez, como imagem de Deus, ele é homem e mulher. A imagem de Deus não é o homem [masculino]: é o homem com a mulher. Juntos.

Que eles são uma só carne quando estão unidos em casamento. Essa é a verdade.[…]. Devemos ter cuidado para não deixar essas ideias entrarem em nós. Mas antes de tudo: o casamento é a imagem de Deus, homem e mulher em uma só carne.

Quando esta é destruída, a imagem de Deus fica “suja” ou desfigurada. […]. Em primeiro lugar, na minha vida de sacerdote, de bispo – até mesmo de Papa – acompanhei pessoas com tendências e práticas homossexuais. Acompanhei-os, aproximei-os do Senhor, alguns não conseguem, mas acompanhei-os e nunca abandonei ninguém.

Isso é o que precisa ser feito. As pessoas devem acompanhar-se como Jesus as acompanha, quando uma pessoa que tem essa condição se apresentar diante de Jesus, Jesus certamente não lhe dirá: “Vá embora porque você é homossexual!”, Não.

O que eu disse, diz respeito à maldade que é feita hoje com a doutrinação da teoria de gênero. Um pai francês me contou que conversava à mesa com seus filhos – ele era católico, sua esposa católica, seus filhos eram católicos, água de rosas, mas católicos – e perguntou ao menino de dez anos: “E o que você vai ser quando crescer? ” – “A garota”.

E o pai percebeu que a teoria do gênero era ensinada nos livros escolares. E isso é contra as coisas naturais. Uma coisa é uma pessoa que tem essa tendência, essa opção, e também quer mudar de sexo. E outra coisa, é fazer o ensino nas escolas nessa linha, mudar a mentalidade. Chamo isso de “colonizações ideológicas”.

Respostas pastorais

No ano passado, recebi uma carta de um espanhol que me contou sua história quando criança e quando menino. Ela era uma criança, uma menina, e sofreu muito, porque se sentia um menino, mas fisicamente era uma menina. Ele contou para a mãe quando já tinha 20 ou 22 anos, e disse que queria fazer a cirurgia e todas essas coisas.

E mamãe pediu a ele para não fazer isso enquanto ela estivesse viva. Ela estava velha e morreu cedo. Ele fez a cirurgia. Ele é funcionário de um ministério em uma cidade da Espanha. Ele foi ao bispo. O bispo o acompanhava muito, um bom bispo: Ele estava “perdendo” tempo para acompanhar este homem.

Então ele se casou. Mudou a identidade civil, casou e escreveu-me a carta que teria sido um consolo para ele vir com a noiva: ele, que era ela, mas é ele. E eu os recebi. Eles eram felizes. E no bairro onde ele morava tinha um padre idoso, na casa dos oitenta, o padre antigo da paróquia, que tinha saído da paróquia e estava ajudando as freiras lá, na paróquia … E tinha o novo [pároco].

Quando o novo o viu, ralhou com ele da calçada: “Você vai para o inferno!” Quando encontrou o velho, disse-lhe: “Há quanto tempo não se confessou? Vem, vem, vamos, o confesso para que possa comungar ”.

Você entendeu? Vida é vida, e as coisas devem ser encaradas como aparecem. Pecado é pecado. As tendências ou desequilíbrios hormonais causam tantos problemas e devemos ter o cuidado de não dizer: “É tudo igual, vamos festejar”.

Não, não é. Mas em qualquer caso, acolha-o, acompanhe-o, estude-o, discerne-o e integre-o. Isso é o que Jesus faria hoje. Por favor, não diga: “O Papa santificará os trans!” Por favor! Porque eu já vejo as manchetes … Não, não.

Tem alguma dúvida sobre o que eu disse? Eu quero ser claro. É um problema moral. Isso é um problema. É um problema humano” (Conferência 2/10/2016)

Visão correta de família

Em 26/06/2016, na Declaração Conjunta do Papa Francisco e Karekin II, Patriarca do Patriarcado Armênio de Constantinopla, vemos o seguinte texto:

“A Igreja Apostólica Armênia e a Igreja Católica compartilham a mesma visão da família, baseada no casamento, um ato de gratuidade e amor fiel entre um homem e uma mulher” (Declaração comum, 2016)

Em 25/09/2016, durante o Ângelus, Francisco mostra o seu apoio a milhares de mexicanos que foram às ruas se manifestar contra a tentativa de legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo:

“Eu me uno aos Bispos de bom grado do México no apoio ao compromisso da Igreja e da sociedade civil em favor da família e da vida, que neste momento requer uma atenção pastoral e cultural especial em todo o mundo”. (Angelus, 25-09-2016)

Em 31/03/2016, é publicada a prévia do livro do ex-prefeito de Roma, Ignazio Marino, militante da união civil homossexual.

Na prévia do livro, encontramos um testemunho do próprio Ignazio dizendo que em um encontro privado, o Papa Francisco lhe disse que a cerimônia de registro de 16 uniões homossexuais celebradas no exterior havia sido “um erro”. Segundo o próprio ex-prefeito: “Suas palavras foram muito severas, ele me disse que era um erro”. (Jornal La Stampa, Vatican Insider)

O direito de ter um pai e uma mãe

Em 19/03/2016, Papa Francisco fala sobre o assunto na Amoris Laetitia:

“Toda criança tem o direito de receber o amor de uma mãe e de um pai., ambos necessários para a sua maturação integral e harmoniosa. Como afirmaram os Bispos da Austrália, ambos “contribuem, cada um de maneira diferente, para o crescimento de uma criança. Respeitar a dignidade da criança significa afirmar sua necessidade e seu direito natural de ter uma mãe e um pai.

Não se trata apenas do amor de pai e de mãe tomados isoladamente, mas também do amor entre eles, percebido como fonte da própria existência, como ninho que acolhe e como fundamento da família. Caso contrário, o filho parece reduzido a uma possessão caprichosa.

Ambos, homem e mulher, pai e mãe, são “cooperadores no amor de Deus Criador e quase seus intérpretes. Eles mostram a seus filhos o rosto materno e o rosto paterno do Senhor. Além disso, juntos, eles ensinam o valor da reciprocidade, do encontro entre diferentes pessoas, onde cada um traz a sua identidade e também sabe receber do outro.

Se por algum motivo inevitável falta um dos dois, é importante buscar alguma forma de compensar, de favorecer o amadurecimento adequado da criança. Um pai com uma identidade masculina clara e feliz , que por sua vez combina carinho e hospitalidade em seu traço para com a esposa, é tão necessário quanto o cuidado materno.

Existem funções e tarefas flexíveis, que se adaptam às circunstâncias concretas de cada família, mas a presença clara e bem definida das duas figuras, feminino e masculino, cria o ambiente mais adequado para o amadurecimento da criança”.

“Ninguém pode pensar que enfraquecer a família como sociedade natural fundada no casamento é algo que beneficia a sociedade. Acontece o contrário: afeta o amadurecimento das pessoas, o cuidado com os valores da comunidade e o desenvolvimento ético das cidades e vilas.

Já não é claro que só a união exclusiva e indissolúvel entre homem e mulher cumpre plena função social, sendo um compromisso estável e possibilitando a fecundidade. Devemos reconhecer a grande variedade de situações familiares que podem oferecer uma certa regra de vida, mas aas uniões de facto ou entre pessoas do mesmo sexo , por exemplo, não podem ser equiparadas de forma simplista ao casamento.

Nenhuma união precária ou fechada à transmissão da vida nos garante o futuro da sociedade. Mas quem hoje se preocupa em apoiar os cônjuges, em ajudá-los a superar os riscos que os ameaçam, em acompanhá-los em seu papel educativo, em estimular a estabilidade da união conjugal? […].

A história segue os passos dos excessos das culturas patriarcais, onde as mulheres eram consideradas de segunda classe, mas também lembramos a prática do “útero alugado” ou a exploração e mercantilização do corpo feminino na cultura midiática atual » .

Além disso, “Os Padres Sinodais observaram que” no que diz respeito aos projetos de equiparar as uniões entre homossexuais ao casamento, não há base para assimilar ou estabelecer analogias, nem mesmo remotas, entre as uniões homossexuais e o plano de Deus para o casamento e a família ” , e é inaceitável “que as Igrejas locais sejam submetidas a pressões nesta matéria e que as organizações internacionais condicionem a ajuda financeira aos países pobres à introdução de leis que instituem o “casamento entre pessoas do mesmo sexo””. (Exortação Apostólica, Amoris Laetitia)

Em 22/01/2016, Francisco, em reunião com juízes da Rota Romana, poucos dias antes do Dia da Família e do projeto de lei italiano sobre as uniões civis no Senado, disse:

“O recente Sínodo sobre a Família” mostrou ao mundo que não pode haver confusão entre a família desejada por Deus e qualquer outro tipo de união. A família, fundada no matrimônio indissolúvel, unitivo e procriativo, pertence ao “sonho” de Deus e de sua Igreja para a salvação da humanidade”.

Ele continuou: «Como afirmou o bem-aventurado Paulo VI, a Igreja sempre dirigiu“ um olhar particular, cheio de preocupação e amor, à família e aos seus problemas. Mediante o matrimônio e a família, Deus uniu sabiamente duas das maiores realidades humanas: a missão de transmitir a vida e o amor mútuo e legítimo do homem e da mulher, para o qual são chamados a se complementar em uma doação recíproca não só física, mas sobretudo espiritual”.

E em conclusão, «A Igreja com renovado sentido de responsabilidade continua a propor o matrimônio, nos seus elementos essenciais – descendência, bem dos esposos, unidade, indissolubilidade, sacramentalidade – não como ideal de poucos, apesar dos modelos modernos centrados no efémero e no transitório , mas como uma realidade que, pela graça de Cristo, pode ser vivida por todos os fiéis batizados ”. (Discurso, 22 de janeiro de 2016)

Em 24/10/2015, no discurso de encerramento do Sínodo ressaltou a «importância da instituição da família e do casamento entre o homem e a mulher , fundada na unidade e indissolubilidade, e de apreciá-la como base fundamental da sociedade. e a vida humana “. (Discurso, 24 de outubro de 2015)

Em 27/09/2015, durante uma entrevista nos EUA, Francisco respondeu a uma pergunta sobre funcionários que não querem emitir licenças de casamento para casais do mesmo sexo:

“A objeção de consciência é um direito e está presente em todos direito humano. É um direito, e se uma pessoa não permite que a objeção de consciência seja exercida, ela nega um direito. A objeção de consciência deve entrar em todas as estruturas judiciais, porque é um direito, um direito humano. É um direito humano. Se o funcionário do governo for uma pessoa humana, ele tem esse direito. É um direito humano.” (Conferência de Impressa)

Em 27/05/2015, o Secretário de Estado do Vaticano, Mons. Piero Parolin, em nome de Francisco, comentou o resultado do referendo irlandês a favor da união civil homossexual:

“Estes resultados deixaram-me muito triste. Certamente, como disse o arcebispo de Dublin, a Igreja deve levar em conta esta realidade, mas deve levá-la em conta no sentido de que, em minha opinião, deve fortalecer todo o seu compromisso e fazer um esforço para evangelizar também a nossa cultura. E acredito que não seja apenas uma derrota dos princípios cristãos, mas um pouco de uma derrota da humanidade”. (Arquivo, Correire de la Sera)

Em 24/05/2015, Francisco publica a encíclica Laudato Sí e diz:

“Aprender a acolher o próprio corpo, cuidar dele e respeitar seus significados é essencial para uma verdadeira ecologia humana. Também é necessário valorizar o próprio corpo em sua feminilidade ou masculinidade para poder se reconhecer no encontro com o outro que não consigo mesmo.

Deste modo, é possível acolher com alegria o dom específico do outro, obra de Deus Criador, e enriquecer-se mutuamente. Portanto, uma atitude que afirma ‘cancelar a diferença sexual porque não sabe mais como lidar com ela’ não é saudável”. (Carta Encíclica, Laudato Sí)

Em 22/04/2015, na audiência geral, Francisco disse:

“também pensamos na recente epidemia de desconfiança, ceticismo e até hostilidade que se espalha em nossa cultura – em particular a partir de uma compreensível desconfiança das mulheres – a respeito uma aliança entre homem e mulher capaz, ao mesmo tempo, de refinar a intimidade de comunhão e de preservar a dignidade da diferença. A desvalorização social devido à aliança estável e generativa entre homem e mulher é certamente uma perda para todos. Devemos trazer o casamento e a família de volta em honra! “. (Audência Geral)

Em 11/05/2015, em um encontro com os bispos de Togo, Francisco disse:

“É importante que os aspectos positivos da família que viveu na África sejam expressos e compreendidos. Em particular, a família africana acolhe a vida, respeita e tem em consideração os idosos. Este legado deve, portanto, ser preservado e servir de exemplo e incentivo a outros. O Togo não está isento de ataques ideológicos e mediáticos, já difundidos por todo o lado, que propõem modelos de união e de família incompatíveis com a fé cristã . Conheço a vigilância que demonstra nesta área, bem como o esforço que desenvolve, nomeadamente no domínio dos mass media”. (Discurso aos Bispos)

Em 02/02/2015, em discurso à Conferência Episcopal da Lituânia, Francisco disse:

“O seu país, que agora entrou totalmente na União Europeia, está exposto à influência de ideologias que desejam introduzir elementos de desestabilização das famílias, fruto de um senso incompreendido de liberdade pessoal. As seculares tradições lituanas a este respeito ajudar-vos-ão a responder, segundo a razão e segundo a fé, a estes desafios”. (Discurso aos Bispos)

Em 18/01/2015, antes do início da Missa de Santa Marta, o Papa Francisco demonstra seu apoio “à corajosa Igreja eslovaca que neste momento, neste tempo, está lutando pela defesa da família” . Depois, dirigindo-se a um pequeno grupo de peregrinos da Eslováquia, o Pontífice diz: “Venham e tenham coragem!”. No dia 7 de fevereiro seguinte, o povo eslovaco foi chamado a um referendo sobre a proteção da família e do casamento tradicional.

Em 16/01/2015, no Encontro com as Famílias, em Manilla, Francisco disse:

“em nosso tempo, Deus nos chama a reconhecer os perigos que ameaçam nossas famílias e a protegê-las do mal. Estamos atentos às novas colonizações ideológicas. Existem colonizações ideológicas que buscam destruir a família […]. Como famílias temos que ser muito, muito astutos, muito habilidosos, muito fortes, para dizer “não” a qualquer tentativa de colonização ideológica da família […] A família também é ameaçada pelas tentativas crescentes de alguns de redefinir a própria instituição do casamento por meio relativismo, cultura do efêmero, falta de abertura à vida”. (Discurso no Sri Lanka)

Em 12/01/2015, em discurso ao corpo diplomático junto à Santa Sé, Francisco disse:

“A própria família não é raro que seja objeto de desperdício, devido a uma cultura individualista e egoísta cada vez mais difundida que rompe laços e tende a favorecem o dramático fenômeno da de natalidade, bem como uma legislação que privilegie as diferentes formas de convivência em vez de apoiar adequadamente a família para o bem de toda a sociedade”. (Discurso do Papa)

Em 25/10/2014, em discurso ao movimento de Schoenstatt:

“Que a família seja atingida, que a família seja atingida e que a família seja mestiça, como forma de associação … Pode-se chamar tudo de família, certo? Quantas famílias estão divididas, quantos casamentos desfeitos, quanto relativismo na concepção do Sacramento do Matrimônio.

Neste momento, do ponto de vista sociológico e do ponto de vista dos valores humanos, como o sacramento católico, o sacramento cristão, existe uma crise na família, uma crise porque eles a espancam por todos os lados e a deixam muito ferida!

O que eles estão propondo não é um casamento, é uma associação. Mas não é casamento! É preciso dizer coisas muito claras e isso devemos dizer!”.

E depois as novas coabitações : «São novas formas, totalmente destrutiva se limitar a magnitude do amor ao casamento. São muitas as coabitações e separações e divórcios: por isso, a chave para ajudar é ‘corpo a corpo’, acompanhando e não proselitismo, porque isso não leva a resultado nenhum: acompanhar, com paciência”. (Rádio Vaticana, Arquivo)

Em 14/10/2014, Papa Francisco responde, através do Conselheiro para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Dom Peter Brian Wells, à carta que lhe foi enviada por Arianna Lazzarini, vice-líder regional da Liga do Norte no Vêneto, falando da iniciativa em favor da aprovação da família tradicional em sala de aula, reivindicando o direito dos pais de criarem os filhos segundo os seus próprios valores e não com base em documentos da OMS.

“Sua Santidade deseja expressar o seu profundo agradecimento pelo gesto atencioso e pelos sentimentos de veneração e afeto que o motivaram e pede-vos que perseverais no vosso compromisso com a pessoa humana, pela adequada proteção dos valores tradicionais e pelo reconhecimento dos vossos direito à educação dos filhos, segundo os valores cristãos”. (Carta à Arianna Lazzarini)

Em 11/04/2014, no encontro da delegação do International Catholic Child Bureau (BICE), Francisco disse:

“Do lado positivo, devemos reafirmar o direito das crianças a crescerem em família, com pai e mãe capazes de criar um ambiente adequado para seu desenvolvimento e amadurecimento afetivo. Continuar a amadurecer na relação, na comparação com o que é masculinidade e feminilidade de pai e de mãe, preparando-se assim para a maturidade afetiva”. (Discurso do Papa)

Em 05/03/2014, em entrevista ao jornal Corriere della Sera, Francisco disse:

“O casamento é entre um homem e uma mulher . Os estados laicos querem justificar as uniões civis para regular diferentes situações de convivência, movidos pela necessidade de regular aspectos econômicos entre as pessoas, como a garantia de saúde. Esses são acordos de coexistência de vários tipos, dos quais não posso listar as diferentes formas. Precisamos ver os diferentes casos e avaliá-los em sua variedade”. (Corriere della Sera)

Em 29/12/2013, o bispo auxiliar de Malta Francesco Scicluna afirmou que no encontro com o Papa Francisco em 12/12/2013, eles falaram sobre o projeto de lei de uniões civis que permitirá adoções por pessoas do mesmo sexo, e o pontífice disse que estava “chocado”: “Discutimos muitos aspectos e quando levantei o problema que me preocupa como bispo, ele me encorajou a intervir”. (jornal Times Malta)

Em 11/09/2013, em mensagem aos participantes da Semana Social dos Católicos Italianos:

“A Igreja tem uma concepção de família, que é a do Gênesis, unidade na diferença entre homem e mulher, e sua fecundidade. Nesta realidade reconhecemos um bem para todos, a primeira sociedade natural, também incorporada na Constituição da República Italiana. Por fim, queremos reafirmar que a família assim entendida continua a ser o primeiro e principal construtor da sociedade e de uma economia à escala humana e, como tal, merece um apoio ativo.

As consequências, positivas ou negativas, das escolhas de carácter cultural, antes de mais nada, e político em relação à família afetam as diferentes áreas da vida de uma sociedade e de um país: desde o problema demográfico – que é grave para todo o continente europeu e em particular para a Itália – outras questões relacionadas ao trabalho e à economia em geral, educação dos filhos, até aqueles que dizem respeito à mesma visão antropológica que está na base de nossa civilização […].

Que esta Semana Social contribua eficazmente para evidenciar o vínculo que une o bem comum com a promoção da família a partir do casamento, para além dos preconceitos e das ideologias”. (Mensagem do Papa)

Em 07/08/2010, ainda como arcebispo de Buenos Aires, Jorge Bergoglio enviou uma carta à comunidade católica argentina, convidando todos a orar para impedir a lei do casamento e da adoção homossexual:

“Nas próximas semanas, o povo argentino enfrentará uma situação cujo resultado pode prejudicar gravemente a família. Em jogo está a identidade e a sobrevivência da família: pai, mãe e filhos.

O que está em jogo é a vida de tantas crianças que serão previamente discriminadas e privadas de seu desenvolvimento humano com pai e mãe, desejados por Deus. O que está em jogo é a rejeição total da lei de Deus gravada em nossos corações».

Ele continuou: “Não sejamos ingênuos: não se trata apenas de uma luta política, mas de uma tentativa de destruir o plano divino. Não é apenas um projeto de lei, mas um “movimento” do Pai da mentira que busca confundir e enganar os filhos de Deus». (National Catholic Register)

Em 21/04/2010, ainda como arcebispo de Buenos Aires e presidente da Conferência Episcopal Argentina, o Cardeal Bergoglio tentou apelar contra a lei sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo e emitiu esta declaração:

“Cabe à autoridade pública proteger o casamento entre um homem e uma mulher através do reconhecimento regulatório, para garantir e promover sua função insubstituível e sua contribuição para o bem comum da sociedade.

Se o reconhecimento legal é atribuído à união entre pessoas do mesmo sexo, ou fosse concedido um estatuto jurídico semelhante ao do casamento e da família, o Estado agiria de forma ilegítima e contrariaria suas obrigações institucionais, alterando os princípios do direito natural e da ordem pública da sociedade argentina.

Situações jurídicas de interesse mútuo entre pessoas do mesmo sexo podem ser suficientemente protegidas pelo direito comum. Consequentemente, seria uma discriminação injusta contra o casamento e a família atribuir ao facto privado da união homossexual um estatuto de direito público.

Apelamos à consciência dos nossos legisladores para que, ao abordarem um assunto tão grave, tenham em conta estas verdades fundamentais, para o bem do país e das suas futuras gerações”. (Jornal La Nacion)

Segundo fonte de O Catequista

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