Uma pergunta constante quando falamos de Nossa Senhora é: Maria poderia ter dito não ao anjo?

Essa pergunta começa quando pensamos na liberdade e no livro arbítrio de nossa Senhora, no entanto, a verdadeira essência da liberdade reside na capacidade de se render aos planos de Deus. Maria, a mãe de Jesus, personifica essa liberdade como nenhum outro ser humano já o fez.

A liberdade não está na capacidade de fazer o que queremos, mas sim na escolha de nos submetermos à vontade divina. Maria exemplifica essa verdade de maneira singular ao proferir seu sim incondicional ao anjo Gabriel, quando este lhe anunciou que ela seria a mãe do Filho de Deus.

Ao dar seu sim a Deus, Maria não estava apenas aceitando uma tarefa monumental; ela estava também confirmando sua total confiança e entrega ao plano divino. Sua liberdade não residia na capacidade de escolher entre várias opções, mas sim na escolha de alinhar sua vontade com a de Deus, independentemente das consequências pessoais.

Assim, Maria se destaca como o ser mais livre que já existiu. Sua liberdade não era limitada por desejos egoístas ou medo do desconhecido, mas sim pela profunda confiança em Deus e pelo amor inabalável por Ele. Em seu sim, ela abriu as portas para a redenção da humanidade, mostrando-nos o verdadeiro significado da liberdade na obediência a Deus.

Portanto, ao contemplarmos a figura de Maria, somos desafiados a redefinir nossa compreensão de liberdade. Não se trata de fazer o que queremos, mas sim de escolher o que é certo e bom aos olhos de Deus. Que possamos seguir o exemplo de Maria, abraçando nossa verdadeira liberdade ao nos rendermos aos planos amorosos do Pai celestial. Enquanto nos entregamos a Ele de forma plena, encontramos a verdadeira liberdade que só pode ser encontrada na completa confiança e obediência a Deus.