Hoje, toda a igreja celebra a memória de Antônio de Sant’Anna Galvão, o Frei Galvão, o primeiro santo nascido em solo brasileiro.

Nascido em 1739 na cidade de Guaratinguetá, interior de São Paulo, Frei Galvão, como era conhecido, era membro da Ordem dos Frades Menores Alcantarinos, uma vertente reformada da Ordem franciscana.

Após professar seus votos em 1761, ele foi ordenado presbítero no ano seguinte e desempenhou várias funções importantes dentro de sua comunidade religiosa, incluindo a de sacristão.

Ao longo de sua vida, Frei Galvão dedicou-se incansavelmente à expansão do Reino de Deus, empenhando-se na evangelização de São Paulo e fundando um convento para as monjas concepcionistas, às quais serviu como diretor espiritual.

Sua obra de caridade foi tão marcante que, mesmo após sua morte em 1782, ele foi beatificado por São João Paulo II em 1998 e canonizado por Bento XVI em 2007.

Apesar de nascer em uma época em que o Brasil ainda era uma colônia portuguesa, o legado de Frei Galvão transcende fronteiras históricas. Ele atuou em um momento de vazio espiritual e educacional, após a expulsão dos jesuítas do Brasil.

Sua devoção fervorosa à Imaculada Conceição da Virgem Maria foi sua principal arma para iluminar e educar o povo paulista.

O testemunho mais marcante de sua devoção foi o ato de assinar sua consagração à Virgem Imaculada com seu próprio sangue, demonstrando sua confiança inabalável nela.

Seguindo o exemplo de Frei Galvão, podemos, cativados pelo zelo maternal de Nossa Senhora, nos entregar completamente a ela, como escravos necessitados e filhos obedientes, confiando em sua proteção pura e imaculada, em seu corpo e em seu Coração. Que seu exemplo perdure como um farol de fé para todos nós.

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Oração a Frei Galvão:

“Deus, nosso Pai, que por Vosso amor imenso nos deste Frei Galvão e, por meio dele, realizastes obras admiráveis, nós Vos agradecemos por tão grande presente. 

Obrigado, Senhor, pela sua vida, pela sua obra grandiosa, por lembrar-se de nós por meio de Vosso servo e nosso irmão Frei Galvão.

Que nossa vida seja palavra e sinal do Vosso Reino. 

Ajuda-nos a crescer em sabedoria, idade e graça, a crescer, cada vez mais, na vivência concreta e histórica do amor fraterno, partilhando o que somos e o que temos, de modo especial com os mais necessitados. 

Fazei-nos instrumentos de vosso amor: onde houver pobres, marginalizados e necessitados, que levemos, como Frei Galvão, o pão da presença amiga e solidária, que se traduz em gestos concretos de solidariedade e promoção à vida.

Senhor, dai-nos acolher, com o coração alegre, todos os irmãos que passam pela nossa vida, buscando paz, alegria, palavra de conforto e presença amiga.

Despertai-nos para o amor e para a devoção a Vossa Mãe Santíssima, ajudai-nos a venerá-la sempre como Imaculada a proclamá-la santa com nossa palavra, e principalmente com a nossa vida.

Fazei que sejamos sempre seus filhos, e que a ela recorramos sempre, agora e na hora da nossa morte.

Senhor, que derramastes Vosso Espírito Santo em Frei Galvão, e por meio dele operastes maravilhas, derramai sobre nós Vosso Espírito, reacendendo em nós o fogo do amor, do ardor missionário.

Aumentai nossa fé!

 Fazei que nos coloquemos diante de Vós como Vossos fiéis servidores, obedientes à Vossa Palavra.

Peço-Vos, por tudo que fez e sofreu o Vosso servo Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, que aumenteis em mim a fé, a esperança e a caridade, e Vos digneis conceder-me a graça que ardentemente almejo. 

Amém.”

Fonte: Padre Paulo Ricardo