Festa da Misericórdia, um desejo de Jesus

São João Paulo II
São João Paulo II foi o Papa da Misericórdia.

“Desejo que a Festa da Misericórdia seja refúgio e abrigo para todas as almas, especialmente para os pecadores. Neste dia, estão abertas as entranhas da Minha misericórdia”. (Diário de Santa Faustina, 699)

Uma data para celebrar

Desejada por Jesus, e instituída por São João Paulo II, a Festa da Misericórdia é uma das maiores formas de celebrar a Misericórdia do Senhor, pois, Jesus assim expressou a Santa Faustina:

Eu desejo que haja a Festa da Misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia” (DSF. 49).

Jesus escolheu o Tempo Pascal por este ser um tempo especial de muita graça. É o tempo litúrgico mais forte de todo o ano, pois a Páscoa é a celebração da vitória de Cristo Ressuscitado sobre a morte, o sofrimento e o pecado.

Os cinquenta dias entre o domingo da Ressurreição até o domingo de Pentecostes devem ser celebrados com alegria e júbilo, como se fosse um único dia festivo, ‘como um grande domingo’”.[1]

Celebrado no 2º Domingo da Páscoa, chamado de Domenica In Albis, por este ser o dia em que os recém batizados tiravam as vestes brancas recebidas no dia do Batismo, esta Festa, por conseguinte, simboliza este renascimento dos pecadores na fonte da misericórdia infinita e que são chamados, como São Tomé, segundo o Evangelho deste domingo, a professar sua fé em Deus.

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À procura da ovelha perdida

Jesus já nos havia expressado a sua alegria e anseio pelo perdão dos pecadores quando, ao falar da alegria do pastor que encontra sua ovelha perdida, faz festa por ela: “haverá muito mais alegria no céu por um pecador que se arrepende do que por noventa e nove justos que não carecem de arrependimento” (Lc 15,7).

Por isso, ele pede à Santa Faustina: “Na Minha festa, na Festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte da Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei” (DSF. 206).

A Festa da Misericórdia, portanto, é um dia de grande graça, neste dia, como disse Jesus: “estão abertas as entranhas da Minha misericórdia. Derramo todo um mar de graças sobre as almas que se aproximam da fonte da Minha misericórdia. […].

Nesse dia, estão abertas todas as comportas divinas, pelas quais fluem as graças. Que nenhuma alma tenha medo de se aproximar de Mim, ainda que seus pecados sejam como o escarlate”. (DSF. 699).

Esta festa manifesta o profundo desejo do Coração Misericordioso de Deus de nos salvar. Assim sendo, aproximemos com confiança desta fonte de amor, onde podemos depositar as lágrimas pelos nossos pecados e feridas, onde podemos beber da água viva que jorrou do lado aberto do Senhor, onde podemos entregar o peso de nossas faltas e do sacrifício de cada dia, pois, Jesus é nosso refúgio e abrigo.

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Preparar-se para a Festa

Para uma boa preparação, recomenda-se que se faça a Novena da Misericórdia, iniciando-a na Sexta-feira da Paixão do Senhor; antes da Festa, recomenda-se a confissão e no dia a participação e a comunhão eucarística, pois isso é uma indicação do próprio Jesus:

A alma que se confessar e comungar alcançará o perdão das culpas e das penas” (DSF. 699). Que maravilha, se nos prepararmos bem, podemos alcançar a graça da indulgência plenária, seguindo as habituais condições (Confissão, Comunhão eucarística e orações segundo a intenção Santo Padre o Papa).

Nós, na Aliança de Misericórdia, além de nos preparar espiritualmente, procuramos traduzir a espiritualidade da Festa da Misericórdia em Obras de Misericórdia.

Neste dia, costumamos fazer ações de evangelização e de assistência social para com os pobres, pois, a Misericórdia do Senhor precisa ser encarnada no serviço àqueles que dela necessitam.

Para tanto, levamos alimentos, corte de cabelo, roupas entre outros serviços, acompanhados da pregação da Palavra, música, momentos de oração e celebração, tudo com muito amor e carinho.

Desejo de coração que este grande dom que Deus nos deixou possa levá-lo a mergulhar no Oceano da Misericórdia Infinita e experimentar este amor sem limites.

Pe. Evandro Torlai
Padre da Aliança de Misericórdia

[1] Normas Universais do Ano Litúrgico, n. 22.

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