João Luiz Pozzobon foi um diácono permanente e missionário brasileiro, ele é muito conhecido por sua dedicação à Campanha da Mãe Peregrina de Schoenstatt.

Nascido em uma família de imigrantes italianos em São João do Polêsine (RS), filho de Ferdinando Pozzobon e Augusta Bortolini Pivetta Pozzobon, João cresceu em um lar católico. Deixou os estudos aos 12 anos para ajudar na lavoura familiar e enfrentou dificuldades de visão que o impediram de ingressar no serviço militar. Apesar disso, sempre confiou na providência divina, como expressou em uma de suas reflexões: “Deus, em sua infinita bondade, não me considerou incapaz… Ninguém é incapaz de servir a Deus.”

João casou-se duas vezes, primeiro com Teresa Turcato, com quem teve dois filhos, e depois com Vitória Maria Filippeto, com quem teve mais cinco. Trabalhou inicialmente como agricultor e, posteriormente, abriu um pequeno empório. Conhecido por sua honestidade, recusava-se a cobrar preços abusivos, afirmando que “não se pode obter o que pertence aos outros”.

Encontro com o Movimento de Schoenstatt

Em 1947, João encontrou o Movimento de Schoenstatt, marcando um divisor de águas em sua vida espiritual. Em 1948, selou sua Aliança de Amor com Maria no Santuário de Schoenstatt em Santa Maria. Esse compromisso o preparou para uma grande missão: levar a imagem da Mãe Peregrina de Schoenstatt às famílias, promovendo a oração do Rosário e a evangelização.

A Campanha teve início em 1950, quando João recebeu a imagem da Mãe Peregrina. Ele começou a visitar famílias, escolas, hospitais e prisões, carregando a imagem de 11 kg em longas caminhadas. Organizou missões em vilarejos, pregando a necessidade de conversão, oferecendo ajuda material e espiritual, e mobilizando padres para celebrações sacramentais.

Com o crescimento da Campanha, foram criadas imagens menores, permitindo que outros voluntários continuassem seu trabalho. Hoje, a Campanha da Mãe Peregrina está presente em mais de 100 países, impactando milhões de famílias.

João também fundou a Vila Nobre da Caridade em Santa Maria, oferecendo moradia e suporte a famílias necessitadas. As regras da vila incentivavam a autoajuda e o progresso social, promovendo o amor ao próximo como um reflexo do amor de Cristo.

João faleceu em 1985, atropelado enquanto caminhava para o Santuário de Schoenstatt. Sua vida de dedicação à Igreja e à evangelização continua a inspirar. Em Santa Maria, sua casa foi transformada em museu, preservando sua memória.

O processo de canonização de João Pozzobon teve início em 1994, e ele recebeu o título de Servo de Deus. A Campanha da Mãe Peregrina, iniciada por ele, permanece como um testemunho vivo de sua fé e compromisso com a missão evangelizadora. O diácono João é um exemplo da santidade brasileira, que chama homens e mulheres simples das mais diversas realidades e estados de vida para serem testemunhas do amor e da misericórdia de Deus.

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