Na Aliança de Misericórdia, contemplação e ação não são dimensões separadas da vida cristã, são faces inseparáveis de uma mesma missão. Com os olhos fixos em Deus e as mãos estendidas ao irmão, buscamos viver um estilo de vida onde a oração alimenta a missão, e a missão nos leva de volta ao coração do Pai.

“Contemplar não é cruzar os braços. É confiar, rezar, escutar… e depois agir.”

Contemplação que move para a missão

Nos Estatutos da Aliança de Misericórdia, a missão é descrita como uma ação evangelizadora profundamente enraizada na vida de oração:

“O nosso apostolado nasce da contemplação. Queremos estar sempre com Jesus, escutando Sua Palavra e sendo transformados por ela, para depois anunciá-la com a vida.”

Essa espiritualidade se expressa na vida concreta dos missionários, que são chamados a ser ponte entre Deus e os irmãos, canal da misericórdia divina nas ruas, nas casas, nas missões e nos momentos de escuta e acolhida.

Oração e missão: inseparáveis

O livro “No Oceano da Misericórdia Infinita” reforça esse dinamismo espiritual:

“O missionário é aquele que contempla e age. Que permanece em oração e se deixa consumir na missão. Que olha o crucificado e se lança ao encontro dos crucificados de hoje.”

Contemplar não é se isolar, mas reconhecer a ação de Deus na história, mesmo na dor, no limite, naquilo que parece fim. E é dessa contemplação que nasce a força interior para agir com compaixão, escuta e misericórdia.

Uma espiritualidade encarnada

Ser “contemplativo em ação” é permitir que o Espírito Santo nos forme nesse estilo de vida, em que:

• Os olhos veem o mover de Deus
• Os pés caminham com Ele
• As mãos se estendem ao irmão ferido
• O coração permanece em adoração

É essa a síntese da vida na Aliança de Misericórdia: oração que se transforma em missão, e missão que nos leva de volta à oração.