Como fazer uma boa confissão? Passo a passo com exame de consciência

A confissão é um dos maiores dons da misericórdia de Deus. No Sacramento da Reconciliação, o Senhor nos acolhe com amor, perdoa nossos pecados e nos devolve a paz interior. É como voltar para casa depois de um tempo longe — e encontrar os braços do Pai abertos para nos abraçar. Mas, para viver bem esse momento, é importante saber como se confessar de forma consciente, sincera e transformadora.

Neste guia, você vai aprender passo a passo como fazer uma boa confissão, com um modelo de exame de consciência que pode te ajudar a reconhecer com clareza onde Deus deseja te curar.

Por que confessar? O poder da misericórdia

Jesus instituiu o sacramento da confissão quando disse aos apóstolos:
“A quem perdoardes os pecados, ser-lhes-ão perdoados” (João 20,23).
A Igreja continua essa missão até hoje, oferecendo a cada fiel a possibilidade de reconciliar-se com Deus, com os irmãos e consigo mesmo.

Na confissão, Deus não apenas apaga o pecado, mas também cura as feridas que ele causou em nosso coração. É um sacramento de libertação, de renovação e de recomeço. Na espiritualidade da Aliança de Misericórdia, a confissão é vivida como um verdadeiro encontro com o Amor que nunca desiste de nós.

Passo a passo para uma boa confissão

  1. Preparação com oração
    Peça ao Espírito Santo que ilumine sua consciência. Reserve um momento de silêncio e peça:
    “Vinde, Espírito Santo, ajudai-me a reconhecer meus pecados e a confiar na misericórdia do Pai.”

  2. Exame de consciência
    Reflita sinceramente sobre suas atitudes, palavras, pensamentos e omissões. Veja o modelo abaixo para te ajudar.

  3. Contrição (arrependimento sincero)
    Reconheça seus pecados com humildade. Sinta dor por ter ofendido a Deus, não por medo da punição, mas por amor.

  4. Propósito de mudança
    Decida, com a graça de Deus, evitar os pecados cometidos. Mesmo que caia de novo, o importante é o desejo sincero de lutar contra o pecado.

  5. Confissão com o sacerdote
    Vá até um padre, diga quanto tempo faz desde sua última confissão e confesse todos os pecados mortais que conseguir lembrar. Seja claro e direto, sem esconder nem justificar.

  6. Penitência e absolvição
    O padre vai te orientar e dar uma penitência. Depois, receba a absolvição com fé, pois é Jesus quem te perdoa por meio do sacerdote.

  7. Cumprir a penitência
    Após a confissão, cumpra com amor a penitência proposta. Pode ser uma oração, um ato de caridade, uma reparação. É parte do caminho de cura.

Exame de consciência

Antes dos Mandamentos

Há quanto tempo você fez sua última confissão?
Você recebeu absolvição?
Você cumpriu sua penitência?
Você deliberadamente ocultou um pecado mortal, ou confessou sem arrependimento verdadeiro, ou sem um firme propósito de correção, ou sem a intenção de cumprir sua penitência?
Você, após essa má confissão, recebeu a Santa Comunhão em estado de pecado mortal?
Quantas dessas Confissões e Comunhões sacrílegas você fez?
Você, em estado de pecado mortal, recebeu qualquer outro Sacramento?

I MANDAMENTO: “EU SOU O SENHOR TEU DEUS, NÃO TERÁS OUTRO DEUS DIANTE DE MIM”

Os pecados contra o primeiro mandamento são os seguintes:

Negligência na oração (distrações voluntárias, poucas orações)
Ficar mais de um mês sem rezar
Ingratidão para com Deus
Preguiça espiritualÓdio a Deus ou à Igreja Católica
Tentar a Deus (explicitamente ou implicitamente, por exemplo, expondo-se a um perigo para alma, para a vida ou para a saúde sem causa grave)
Não se comportar adequadamente em uma Igreja (por exemplo, não fazer a genuflexão para o Santíssimo Sacramento ao entrar ou sair de uma Igreja, etc.)
Excessivo apego a coisas/criaturas (por exemplo, afeição exagerada a animais, fanáticos por esportes, ter ídolos de TV, música, cinema, amor pelo dinheiro, prazer ou poder)
Idolatria (adorar falsos deuses bem como honrar uma criatura no lugar de Deus: como Satanás, a ciência, os ancestrais, o país)
Superstição (atribuição de poderes a uma coisa criada que não os possui. Muitas vezes, por ignorância das pessoas, não passa de pecado venial)
Hipnotismo (sem causa grave)
Adivinhação (comunicação com Satanás, demônios, mortos ou outras práticas falsas para descobrir o desconhecido, consultar horóscopos, astrologia, leitura da mão, ver a sorte, etc.)
Atribuição de importância indevida aos sonhos, presságios, destino.
Todas as práticas de magia (branca ou negra) ou feitiçaria (por exemplo, bruxaria, vodu)
Usar amuletos
Jogar com quadros Ouija ou mesas giratórias
Espiritismo (falar com os espíritos)
Sacrilégio (profanar ou tratar indignamente os sacramentos, particularmente a Santa Eucaristia, bem como as demais ações litúrgicas, profanar ou tratar indignamente pessoas religiosas, coisas santas, como os vasos sagrados ou estátuas, ou ainda lugares consagrados a Deus)
Sacrilégio ao receber um sacramento, especialmente a Santa Eucaristia, em estado de pecado mortal
Simonia (comprar ou vender coisas espirituais)
Uso profano ou supersticioso de objetos abençoados (às vezes para se manter no pecado)
Materialismo prático (acreditar que se precisa somente de coisas materiais e desejar somente a elas)
Humanismo ateu (que considera falsamente que o homem é um fim em si mesmo, e com supremo controle sobre sua própria história, ou completamente autônomo)
Ateísmo em geral (rejeita, nega e duvida da existência de Deus, seja em teoria ou na prática, isto é, ignorando-O na vida diária)
Agnosticismo (que postula a existência de um ser transcendental que é incapaz de se revelar, e sobre quem nada pode ser dito; ou não fazer nenhum julgamento sobre a existência de Deus, declarando ser impossível prová-la ou mesmo de afirmá-la ou negá-la)

Pecados contra a Fé

Dúvida voluntária de algum artigo da fé
Ignorância deliberada das verdades da fé que devem ser conhecidas
Falar contra uma doutrina da Igreja Católica
Negligência em se instruir na fé segundo o próprio estado
Credulidade imprudente (como dar crédito a revelações privadas muito facilmente ou acreditar em revelações privadas que foram condenadas pelas autoridades legítimas da Igreja)
Apostasia (abandono completo da fé)
Heresia (negar uma ou mais verdades da fé)
Indiferentismo (acreditar que uma religião é tão boa quanto as demais, e que todas as religiões são igualmente verdadeiras e agradáveis a Deus, ou que se é livre para aceitar ou rejeitar uma ou todas as religiões)
Ler ou fazer circular livros ou escritos contrários à crença ou à prática Católica de tal modo que a fé, própria ou alheia, é comprometida
Ouvir música cuja letra é contrária à religião católica
Permanecer em silêncio quando questionado sobre a própria fé (é pecado grave, se se trata da autoridade legítima que questiona)
Tomar parte em um culto herético ou cismático
Ouvir a pregação de um ministro de falsa religião
Aderir ou apoiar grupos maçônicos ou outras sociedades proibidas (teosofia, rosa cruz, etc.. lembrar também que Rotary e Lion’s são a porta para a maçonaria)

Pecados contra a Esperança

Desespero da misericórdia de Deus (desistir de toda esperança de salvação e dos meios necessários para ser salvo, a não ser confundido com mero sentimento de desânimo)
Falta de confiança no poder de Sua Graça para apoiar-nos nos apuros ou na tentação
Não recorrer a Deus e aos santos nos momentos de tentação
Nenhum desejo de possuir a felicidade eterna no paraíso ou após a vida terrena
Presunção (esperar pela salvação sem ajuda de Deus ou pressupor o perdão de Deus sem conversão ou esperar obter a glória do paraíso sem mérito)
Presunção da misericórdia de Deus ou na suposta eficácia de certas práticas de piedade para continuar no pecado
Recusa de qualquer dependência de Deus

Pecados contra a Caridade

Não fazer um ato de caridade em intervalos regulares durante a vida, particularmente em momentos de necessidade
Egoísmo (alguém se preocupa somente consigo mesmo, elogia-se, é interesseiro, gosta de receber elogios)
Pensamentos deliberadamente revoltosos contra Deus
Jactância, orgulho do próprio pecado ou alardear o próprio pecado
Violar a lei de Deus ou omitir boas obras por respeito humano
Impaciência diante das adversidades e provações

II MANDAMENTO: NÃO TOMARÁS O NOME DO SENHOR TEU DEUS EM VÃO

Pecados contra o segundo mandamento

Desonra de Deus por uso profano ou desrespeitoso de seu Nome, ou do Santo Nome de Jesus Cristo, da Santíssima Virgem Maria e de todos os santos
Blasfêmia (insultar a Deus, Nosso Senhor Jesus Cristo, a Igreja Católica, a Santíssima Virgem Maria ou os santos por palavras ou por gestos)
Ouvir músicas blasfemas
Perjúrio (prometer algo sob juramento sem ter a intenção de cumpri-lo, ou quebrar uma promessa feita sob juramento. Grave ou não dependendo da gravidade do perjúrio)
Fazer juramentos falsos ou desnecessários (chamar a Deus como testemunha a uma mentira. Grave ou não, dependendo da gravidade do que se jura falsamente)
Amaldiçoar a si mesmo ou a outros (se tiver intenção de dizer realmente o que disse, há pecado grave).
Murmurar, reclamando das disposições da providência divina
Quebrar votos ou promessas feitas a Deus (pode ser grave, dependendo da importância do voto ou promessa)
Irreverência na Igreja, falando durante a Missa ou em uma Igreja sem razão suficiente ou distrair os demais; vestindo-se de forma inapropriada na Igreja ou por qualquer outro comportamento impróprio

III MANDAMENTO: LEMBRA-TE QUE DEVES SANTIFICAR O DIA DO SENHOR

Pecados contra o terceiro mandamento

Omissão da oração e do culto divino; todo trabalho servil desnecessário e tudo que impede a santificação do dia do Senhor
Comércio desnecessário, isto é, comprar e vender nos Domingos e Dias de Guarda
Profanar estes dias, por frequentar companhia impiedosa, com diversões pecaminosas, jogos de azar, dança indecente, ou excessos com bebida

IV MANDAMENTO: HONRA TEU PAI E TUA MÃE

Pecados contra o quarto mandamento
Para os pais

Odiar os filhos
Amaldiçoar os filhos
Dar escândalo a eles ao praguejar, beber, etc.
Deixar que cresçam na ignorância, indolência ou pecado
Demonstrar parcialidade habitual para com os filhos sem causa
Adiar o batismo de uma criança (mais de um mês, é considerado, em geral, pecado mortal)
Negligência no cuidado da saúde corporal, instrução religiosa, quanto às companhias com que andam, aos livros que lêem, diversões, etc.
Não corrigir quando necessitam
Ser duro ou cruel nas correções
Enviar os filhos para escolas protestantes ou outras escolas perigosas (esotéricas, de outra religião)
Negligência em conduzi-los à Missa aos Domingos e Dias Santos de Guarda e na recepção dos sacramentos

Para as crianças

Toda forma de raiva ou aversão contra os pais e demais superiores legítimos
Desdenhar os pais
Desejar algum mal a eles
Ameaçá-los ou levantar a mão contra eles
Afligir os pais por ingratidão ou má conduta
Provocá-los à raiva
Ofendê-los
Insultá-los
Não ajudá-los em suas necessidades
Desprezo ou desobediência às suas ordens legítimas (sobretudo quanto às más companhias e diversões e quanto aos deveres de estado, como estudo)

Maridos e esposas

Maltrato (isto é, tratar o cônjuge sem consideração pelo bem-estar dele e sem preocupação com a caridade)
Colocar obstáculos ao cumprimento de seus deveres religiosos
Negar-se a render o débito conjugal sem ter causa realmente justa para tanto
Falta de paciência quanto às faltas um do outro ou dureza quanto a elas
Ciúmes despropositados
Negligência nos deveres domésticos
Mau humor, aborrecimento sem motivo
Palavras injuriosas
Negligências na busca de meios seguros de sustento da família por causa de preguiça ou timidez

Súditos da Igreja e do Estado

Desrespeitar e desobedecer aos superiores espirituais, como o Papa, os bispos e os padres da Igreja em suas ordens legítimas; comportar-se de maneira soberba e insultante em relação a eles; recusar a rezar por eles, ou pela conversão deles.
Deixar de rezar pelo próprio país, pelo seu governo;
Colocar o país acima de Deus;
Tomar parte em questões subversivas (atividades revolucionárias);
Juntar-se a alguma associação Comunista ou Liberal;
Resistir às autoridades legais do país, tomando parte em alguma violência de multidão, ou perturbando a paz pública;
Votar em partidos comunistas ou socialistas.

Para os empregadores

Não permitir aos empregados tempo razoável para o cumprimento dos deveres e instrução religiosos
Dar mau exemplo a eles ou permitir que outros o façam
Não pagar os salários legais
Não cuidar deles na doença
Demiti-los arbitrariamente sem causa
Imposição de políticas desproporcionadas

Para os empregados

Desrespeito aos empregadores
Falta de obediência em matéria que se tenha obrigado a obedecer (por exemplo, cumprindo um contrato justo)
Perda de tempo (sobretudo com internet)
Negligência no trabalho
Gasto de propriedade do empregador por desonestidade, por falta de cuidado ou por negligência
Violar politicas do local de trabalho sem razão suficiente

Para profissionais ou servidores públicos

Falta de conhecimento culpável no que se refere aos deveres do ofício ou profissão
Negligência na execução de tais deveres
Injustiça ou parcialidade

Para os professores

Negligência no progresso daqueles confiados ao seu cuidado
Punição injusta, inconsiderada ou excessiva
Parcialidade
Mau exemplo
Ensino de máximas falsas ou incertas (ensinar coisas falsas como verdadeiras)

Para os estudantes

Desrespeito
Desobediência
Teimosia
Indolência, preguiça
Perda de tempo
Dar-se a distrações inúteis (festas e recreações indevidas, internet, televisão)

Para todos

Desprezo das leis justas do Estado e do país bem como da Igreja
Desobediência à autoridade legítima
Desobediência das leis civis

V MANDAMENTO: NÃO MATARÁS

Pecados contra o quinto mandamento

Causar morte ou lesão física de alguém por ação própria, participação, instigação, conselho, consentimento ou silêncio
Ter a intenção de matar alguém
Assassinato
Realizar um aborto
Abortar, ajudar alguém a procurar um aborto (o penitente deve estar ciente que abortar, praticar ou ajudar em um aborto incorre em excomunhão, se o aborto se consumar)
Eutanásia
Retirar os meios ordinários para um paciente terminal ou moribundo
Suicídio
Tentativa de suicídio, sérios pensamentos de cometer suicídio
Brigar
Rixas
Ódio
Desejo de vingança
Tortura humana
Gula (beber ou comer em excesso)
Embriaguez (em que grau?)
Abuso de álcool, medicamentos ou drogas
Colocar em perigo a vida de outros (como beber e dirigir, dirigir muito rápido, etc.)
Colocar em risco a própria vida ou um membro do corpo sem uma razão suficiente (por exemplo, acrobacias arriscadas, roleta russa, etc.)
Descuido em deixar expostos venenos, drogas perigosas, armas, etc.
Mutilação do corpo, (como castração, por exemplo).
Vasectomia, ligadura ou outro procedimento para evitar os filhos (apesar da prática muito generalizada, mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal, ainda que haja motivos legítimos para evitar os filhos. É preciso buscar a reversão da cirurgia, se ainda existe a possiblidade de fertilidade)
Histerectomia (sem causa médica suficiente)
Inseminação artificial ou fertilização in vitro ou algo semelhante (apesar da prática muito generalizada, mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal)
Pesquisas científicas imorais e suas aplicações
Mau exemplo ou escândalo, levando outros a pecar
Desrespeito pelos moribundos ou pelos mortos
Não tentar evitar a guerra
Mostrar aversão ou desprezo pelos outros
Recusar falar com outros quando cumprimentado
Ignorar ofertas de reconciliação, especialmente entre parentes
Fomentar um espírito que não perdoa o próximo
Zombaria e escárnio
Insultos
Ações ou palavras irritantes
Tristeza pela prosperidade alheia
Alegrar-se pela miséria alheia
Inveja pela atenção dada aos outros
Comportamento tirânico
Induzir os outros ao pecado pela palavra ou pelo exemplo
Prejudicar a saúde pelo excesso de indulgência
Dar álcool aos outros sabendo que irão abusar dele
Vício em jogos de azar (coloca em perigo o sustento próprio ou da família?)
Tomar contraceptivos que podem ou não ser abortivos (pílulas e outros: apesar da prática generalizada mesmo entre católicos, trata-se de pecado mortal, ainda que haja motivos legítimos para evitar os filhos)
Uso de métodos profiláticos ou de barreira para evitar a gravidez (mesma observação do pecado precedente)
Utilizar métodos naturais para evitar filhos possuindo uma mentalidade contraceptiva
Esterilização direta (vide vasectomia, ligadura de trompas e outros métodos anticoncepcionais)
Causar morte ou sofrimento desnecessário aos animais

VI MANDAMENTO: NÃO COMETERÁS ADULTÉRIO

Mencionar as circunstâncias que mudam a natureza do pecado: o sexo da outra pessoa, o parentesco, o estado (próprio e do outro) de casado, solteiro ou vinculado a um voto;

Pecados contra o sexto mandamento:

Impureza e imodéstia nas palavras, nos olhares e nas ações, seja sozinho ou com outros
Contar ou ouvir piadas sujas; falar ou ouvir (consentindo) coisas indecentes, ou com duplo sentido
Vangloriar-se da própria imoralidade
Utilizar roupas imodestas (minissaias, calças apertadas, decotes arrojados, blusas e saias transparentes, biquínis, etc.)
Comprar, alugar ou assistir filmes, programas de TV ou ler livros, revistas ou outras coisas indecentes (não somente pornografia, mas também tudo que contenha impurezas, o que é generalizado hoje)
Expor-se voluntariamente a ocasiões de pecado por curiosidade pecaminosa, por manter companhia perigosa, por frequentar locais perigosos, diversões perigosas ou pecaminosas; por danças indecentes (quase todas as modernas) ou jogos indecentes; por familiaridade indevida com pessoas do sexo oposto
Manter companhia pecaminosa, ou morar com alguém que não é o cônjuge
Ser tentação nessa matéria para os outros, pelo modo de falar, de se comportar, de se vestir, ou insinuando-se
Ouvir música cuja letra é indecente ou cujo ritmo favoreça a sensualidade
Masturbação (é habitual?)
Fornicação (sexo antes do casamento)
Prostituição
Sodomia (práticas homossexuais)
Outras práticas contrárias à natureza
Adultério (também em pensamentos)
Divórcio
Poligamia
Incesto
Abuso sexual
Estupro
Beijo sensual, prolongado
Carícias ou preliminares fora do contexto do matrimônio ou dentro do contexto do matrimônio sem serem ordenadas à consumação do ato conjugal natural, com perigo de polução
Ato conjugal consumado de modo inapto à procriação
Negar o débito conjugal sem razão realmente legítima para tanto
Danças imodestas
Namoro sem tomar as devidas precauções para guardar a pureza e a fé
Namoro quando não deveria, sem a maturidade suficiente, sem intenção de casar-se

VII MANDAMENTO: NÃO ROUBARÁS

Quanto aos pecados contra a justiça, é preciso dizer ao sacerdote – o mais exatamente possível – o valor do que foi furtado/roubado, ou a quantidade dos danos causados pela sua injustiça, de modo que o padre possa julgar se os pecados são mortais ou não. Dizer se já restituiu. Sem a restituição ou o firme propósito de fazê-la, o pecado não será perdoado.

Pecados contra o sétimo mandamento:

Roubo (quanto?)
Pequenos furtos (por exemplo, tomar coisas do lugar de trabalhos às quais não se tem direito ou tomar dinheiro de um membro da família sem sua permissão)
Trapacear
Plágio
Quebra de regulamentação de direito autoral (por exemplo, fotocopiar algo sem autorização e sem ter causa suficientemente séria para tanto ou com fins comerciais)
Manter consigo objetos emprestados ou perdidos sem fazer uma tentativa razoável de restituir a propriedade alheia
Possessão de bens ilícitos
Aconselhar ou pedir a alguém que prejudique outra pessoa ou danifique seus bens
Danificar por descuido ou malícia a propriedade alheia
Ocultação de fraude, roubo ou dano quando se tem dever de dar a informação
Sonegação de impostos ao não pagar os impostos justos
Fraude comercial
Desonestidade na política, nos negócios, etc.
Não pagar dívidas justas no tempo correto e não fazer os esforços e sacrifícios necessários nesse sentido, por exemplo, juntando gradualmente a quantia devida
Não fazer a reparação ou compensação a alguém que esteja sofrendo por danos injustos
Aumentar os preços tirando proveito da ignorância ou necessidade alheia
Usura (emprestar dinheiro a altos juros a alguém em dificuldade financeira)
Especulação na qual alguém planeja manipular artificialmente o preço dos bens para levar vantagem com prejuízo dos demais
Corrupção na qual alguém influencia o julgamento daqueles que devem decidir em questões legais
Aceitar suborno ou oferecer suborno
Apropriação e uso de bens comuns de uma empresa para propósitos privados
Trabalho mal feito
Pagar salários injustos ou desprover um empregado de benefícios devidos
Falsificação de cheques e faturas
Emitir cheques sabendo que não há fundo suficiente para cobri-lo
Despesas e gastos excessivos
Não manter promessas ou acordos contratuais (sendo os compromissos moralmente justos)
Jogar e apostar (privando-se dos meios necessários de vida para si ou para outros)
Gasto excessivo ou desnecessário de bens, recursos, dinheiro ou fundos
Examine se você reparou toda a injustiça feita por você mesmo. Seus pecados não serão perdoados enquanto você recusar ou deliberadamente negligenciar fazer um reparo. Se o que você adquiriu injustamente não está mais em sua possessão, devolva o seu valor. Se não puder devolver o valor inteiro, devolva pelo menos uma parte sem atraso. Se não puder devolver de uma vez, você deve ter a firme e sincera resolução de fazê-lo o mais breve possível e deve também procurar seriamente adquirir o meio de fazê-lo. A obrigação de restituição é compulsória até que seja totalmente exonerada.
A restituição deve ser feita ao dono. Se o dono não puder ser achado, você deve dar o dinheiro aos pobres, à Igreja, ou a alguma obra de caridade.

VIII MANDAMENTO: NÃO DARÁS FALSO TESTEMUNHO CONTRA O TEU PRÓXIMO

Pecados contra o oitavo mandamento

Mentir (a mentira chegou a prejudicar alguém, gravemente ou não?)
Dizer palavrões, grosserias
Vangloriar-se
Lisonja (bazófia)
Hipocrisia
Exagero
Ironia
Sarcasmo
Dano injusto (sem ter justa causa) ao nome alheio seja pela revelação de faltas verdadeiras escondidas (detração); revelação de falsos defeitos (calúnia ou difamação); contando histórias ou espalhando rumores. (É preciso restituir a boa fama que foi injustamente prejudicada)
Criticar os outros, escutar com prazer os outros sendo criticados;
Fazer fofocas
Desonrar injustamente outra pessoa em sua presença (injúria)
Julgamento precipitado (acreditar firmemente, sem razão suficiente, que alguém possui um defeito moral ou fez algo errado)
Revelar segredos
Publicar (sem causa proporcionalmente grave) segredos que causem descrédito aos outros, mesmo se for verdade
Recusar ou demorar em restituir o bom nome que foi manchado
Acusações sem fundamento
Suspeitas infundadas
Julgamentos precipitados sobre os outros em nossa própria mente

IX MANDAMENTO: NÃO COBIÇARÁS A MULHER DO PRÓXIMO

O nono mandamento proíbe todo pensamento e desejo impuro com os quais nos comprazemos deliberadamente, pensando neles voluntariamente ou consentindo neles de bom grado quando tais paixões ou pensamentos impuros vêm à nossa mente. O penitente deve ter em mente que se deleitar deliberadamente ou consentir em qualquer pecado listado no sexto mandamento pode ter o mesmo grau de gravidade de executá-lo de fato, isto é, trata-se de pecado mortal ou venial, segundo o pecado e conforme haja plena advertência e pleno consentimento.

X MANDAMENTO: NÃO COBIÇARÁS OS BENS DE TEU PRÓXIMO

Pecados contra o décimo mandamento

Inveja (desejar os bens de outrem)
Ciúmes (zelo para manter um bem querido longe dos outros)
Ganância e o desejo sem limites de ter bens materiais (avareza)
Desejo de enriquecer a qualquer preço
Negócios ou profissões que esperam circunstâncias desfavoráveis aos outros para que possam assim lucrar pessoalmente com isso
Inveja dos sucessos, talentos, bens espirituais ou temporais alheios
Desejar cometer injustiça prejudicando alguém para obter seus bens temporais
Alegrar-se ou consentir nos pecados contra o sétimo mandamento.

OS PRECEITOS DA SANTA IGREJA

Além dos Dez Mandamentos da Lei de Deus, os fieis são também obrigados a seguir os Preceitos da Igreja. O poder de fazer estas leis vem de Nosso Senhor Jesus Cristo, e inclui tudo o que é necessário para o governo da Igreja e para a direção dos fieis, a fim de que alcancem a salvação eterna.

PRIMEIRO PRECEITO: ASSISTIR À SANTA MISSA TODOS OS DOMINGOS E DIAS SANTOS DE GUARDA

São nove os dias de preceito no Brasil, já que a São José (19 de março) não o é. Muitos desses dias são transferidos para o Domingo seguinte, pelo fato de não haver feriado civil.

Natal do Senhor (25 de dezembro)
Circuncisão do Senhor (1º de janeiro)
Epifania (6 de Janeiro. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte)
Ascensão (quarenta dias depois da Páscoa. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
Corpus Christi (Quinta-feira depois do Domingo da Santíssima Trindade.)
Santos Apóstolos Pedro e Paulo (29 de junho. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte)
A Assunção da Santíssima Virgem (15 de agosto. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
Todos os Santos (1º de novembro. No Brasil, transferido para o Domingo seguinte.)
Imaculada Conceição da Santíssima Virgem (08 de dezembro)

A Santa Igreja nos obriga a nos abster de todo trabalho servil nos Dias Santos de Guarda, como nos Domingos, na medida do possível. Os católicos que devem trabalhar nos Dias Santos de Guarda são obrigados a assistir a Santa Missa a não ser que sejam escusados por uma causa proporcionalmente grave. Esse preceito pode ser violado ao não assistir a Missa nos dias prescritos ou ao se chegar atrasado à Missa sem razão suficiente. Dependendo da qualidade e da quantidade do atraso, pode ser pecado leve ou grave.

SEGUNDO PRECEITO: JEJUAR, ABSTER-SE DE CARNE E FAZER PENITÊNCIA NOS DIAS PRESCRITOS

A lei da abstinência obriga aqueles que completaram 14 anos de idade até o fim da vida. A lei do jejum obriga aqueles que atingiram sua maioridade (18 anos) até o início de seus 60 anos.

Jejuar significa comer menos comida do que normalmente se come. Nos dias de jejum, é permitido comer uma refeição completa e duas outras menores que, juntas, não passem a quantidade de uma refeição completa. Os dias de jejum são a Quarta-feira de Cinzas e a Sexta-feira Santa.

Nos dias de abstinência, é proibido comer carne. Os dias de abstinência são: todas as sextas-feiras do ano e a quarta-feira de cinzas. No Brasil, a abstinência pode ser comutada (salvo na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa) por outras formas de penitência, principalmente em obras de caridade e exercícios de piedade. Uma penitência substituta permitida poderia ser: dizer um terço, a Via Sacra, visitar os doentes ou presos, etc. O mais aconselhável é guardar a tradicional abstinência.

TERCEIRO PRECEITO DA IGREJA: CONFISSÃO DOS PECADOS MORTAIS AO MENOS UMA VEZ POR ANO

A Santa Igreja insta-nos a confessar-nos freqüentemente, mas nos obriga a fazê-lo somente uma vez por ano para admoestar aqueles que possam ter a presunção da misericórdia de Deus, o que é um pecado contra o Espírito Santo. Os pais devem preparar seus filhos para a confissão tão logo a criança aprenda a distinguir o certo do errado (isto é, por volta dos sete anos de idade). A obrigação de se confessar uma vez por ano obriga somente àqueles que cometeram um pecado mortal e não se confessaram por pelo menos um ano.

QUARTO PRECEITO: RECEBER A SANTA COMUNHÃO DURANTE O PERÍODO DA PÁSCOA

O período da Páscoa para a comunhão pascal começa na Quinta-feira Santa e termina no Primeiro Domingo depois de Pentecostes (Festa da Santíssima Trindade). Entretanto, após ter recebido a Primeira Comunhão, é fortemente recomendado que se receba este magno Sacramento freqüentemente durante a vida (mesmo diariamente, se possível, como recomendado pelo Papa São Pio X).

QUINTO PRECEITO: CONTRIBUIR PARA O SUSTENTO DA IGREJA E DE SEUS MINISTROS

Este preceito requer que cada um preste auxílio às necessidades materiais da Igreja conforme suas possibilidades.

SEXTO PRECEITO: OBSERVAR AS LEIS DA IGREJA NO QUE TANGE À CELEBRAÇÃO DO MATRIMÔNIO

Casei-me ou ajudei alguém a se casar, sem a permissão da Santa Igreja, diante de um oficial do Estado ou de um Ministro protestante ou acatólico? Ou sem a dispensa necessária para os graus de parentesco proibidos? Ou com qualquer outro impedimento conhecido? Separou-se sem causa justa? Separou-se e juntou-se com outra pessoa, em segunda união?

Esse exame não é para te condenar, mas para te ajudar a enxergar onde Deus deseja te libertar. Ele não quer te acusar, mas te curar com amor e misericórdia.

Confessar é voltar para os braços do Pai

Na parábola do filho pródigo (cf. Lucas 15), Jesus mostra como Deus nos espera de braços abertos. Quando voltamos com humildade, Ele corre ao nosso encontro, nos abraça e nos devolve a dignidade de filhos. Essa é a experiência da confissão: um reencontro com o amor que nunca nos abandona.

Na missão da Aliança de Misericórdia, muitas vidas são restauradas a partir desse sacramento. Homens e mulheres marcados pelo pecado, pelo abandono e pela dor, encontram na confissão o ponto de partida para uma vida nova em Cristo. E você também pode viver essa graça.

Exame de consciencia extraido de: Salve Maria

0 Comments

Leave a Comment

Login

Welcome! Login in to your account

Remember me Lost your password?

Lost Password