Casa Lar: a história de Linus e o sentido do acolhimento
Quando uma criança atravessa fronteiras forçada pela dor, o que ela mais precisa não é apenas de abrigo. Precisa de tempo, de presença e de pessoas dispostas a caminhar com ela até que a vida volte a fazer sentido.
Foi assim que Linus e seu irmão chegaram ao Brasil, vindos do Congo. Sem referências, sem domínio da língua e marcados por rupturas profundas, encontraram na Casa Lar Aliança um lugar onde não eram apenas acolhidos, mas acompanhados. Ali permaneceram por cerca de cinco anos, tempo suficiente para que raízes fossem criadas e um futuro começasse a ser desenhado.
Hoje, a Aliança de Misericórdia recebeu a notícia de que Linus se formou e vive atualmente em Nova York, ao lado do pai e dos irmãos. Um passo importante em uma trajetória que começou com vulnerabilidade e segue marcada por superação.
A Casa Lar como resposta concreta à vulnerabilidade
A Casa Lar Aliança faz parte da atuação social da Aliança de Misericórdia. Cada unidade acolhe crianças e adolescentes que, por diferentes razões, precisaram ser afastados de suas famílias. O trabalho desenvolvido vai além da proteção imediata: envolve educação, acompanhamento cotidiano, formação humana e reconstrução de vínculos.
No dia a dia da Casa Lar, a missão se traduz em gestos simples e constantes: garantir escola, orientar escolhas, ensinar limites, incentivar sonhos e, sobretudo, oferecer uma presença estável em momentos de fragilidade.
É nesse contexto que a história de Linus ganha contornos mais profundos. Não como um caso isolado, mas como fruto de um processo construído com paciência e compromisso.
“Vocês me deram caminho”
Em uma mensagem enviada à Aliança, Linus faz questão de recordar cada passo desse percurso. Ele relembra que chegou ao Brasil “sem saber de nada” e que, aos poucos, foi aprendendo a escrever a própria história.
No seu testemunho, ele reconhece que recebeu mais do que cuidado material. Recebeu direção, orientação e referências claras do que é certo e do que não deve ser feito. Afirma que os educadores foram “um ponto seguro”, pessoas que seguraram sua mão quando ele não conseguia caminhar sozinho.
Linus destaca ainda que tudo o que conquistou, o que constrói hoje e o que ainda deseja alcançar carrega a marca desse tempo vivido na Casa Lar. Para ele, os conselhos recebidos não ficaram no passado: tornaram-se fundamentos para a vida adulta.
Uma missão que continua gerando futuro
O testemunho de gratidão de Linus não encerra uma história. Ele aponta para muitas outras que seguem sendo escritas diariamente nas unidades da Casa Lar, por crianças e adolescentes que ainda estão no caminho, aprendendo, caindo, levantando e projetando o futuro.
A missão da Aliança de Misericórdia permanece a mesma: estar onde a vida é mais frágil e sustentar processos que devolvem dignidade, sentido e esperança.
E você também pode ajudar essa missão!Doe agora por PIX: doar@misercordia.com.br
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