As Faces da Aliança – COMO os Pobres
“Os Missionários de Vida chamados a manifestar a Misericórdia na radical proximidade e inserção no meio dos mais pobres no sentido material, tornando-se “COMO” os pobres, constituem as Fraternidades chamadas Belém, inseridas nos “bolsões” de pobreza” (Estatuto da Aliança de Misericórdia – 73).
No Movimento Aliança de Misericórdia, o trabalho com os pobres tem uma dimensão vocativa. Somos chamados a evangelizar os pobres e também ser evangelizados por eles, temos nos pobres os nossos mestres.
Neste mês de novembro, estamos trabalhando sobre as diversas “faces” das fraternidades da Aliança de Misericórdia. Semana passada, conhecemos um pouco mais da realidade das Casas Nazaré, chamadas a viver COM os pobres.
Hoje, abordaremos as “fraternidades Belém”, onde os missionários da Comunidade de Vida são convidados a viver COMO os pobres.
O esvaziamento que gera vida
De acordo com o Estatuto da Aliança de Misericórdia, “a alma desta Fraternidade é caracterizada pelo mistério do ‘esvaziamento’, que define a inserção. É a “kenosis” da ‘encarnação’; o ‘descer’ assumindo a condição de servo que se torna, em tudo, semelhante aos pobres: na fraqueza, na cultura, no trabalho, no respeito do tempo deles (cf. Fl 2,6-11)”.
A missão da fraternidade Belém é se fazer um com os pobres para anunciar a Boa Nova do Evangelho a partir dos pobres, com os meios dos pobres, fazendo com que Jesus nasça no meio deles, assim como foi em Belém.
Leia aqui: Dia Mundial dos Pobres
Em Belém (casa do pão) a Palavra “feita carne” (cf. Jo 1,14) é colocada na manjedoura, simbolizando assim o mistério da carne que se faz pão (cf. Jo 6,55ss) pela força da Palavra “isto é o meu corpo que é dado por vós” (Lc 22,19a).
Cada missionário é chamado a levar a experiência da multiplicação dos pães na entrega da própria vida: “dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9,13).
Este mistério, que começa no seio de Maria pelo sopro do Espírito, torna-se explícito em Belém, e se cumpre plenamente no Calvário.
Hoje, a Aliança conta com diversas casas Belém espalhadas no Brasil e no Mundo, onde os missionários estão inseridos nas regiões de pobreza como: as favelas brasileiras, as comunidades ribeirinhas e também as pequenas vilas Africanas.
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