Rezar pelos mortos
No dia 02 de junho de 1998, o então Papa João Paulo II, direcionou uma carta ao abade de Cluny, Dom Raymond Seguy, por ocasião da comemoração dos mil anos da pratica de orar pelos Fiéis defuntos.
O mosteiro beneditino desta cidade francesa foi de grande importância no início dos anos 1000, pois, conseguiu associar a si vários mosteiros pela Europa, formando uma unidade muito sólida. O quarto abade deste mosteiro foi Santo Odilon, que enviou instruções para que os mosteiros dedicassem orações, um dia depois do dia 1 de novembro, aos fiéis que estavam no Purgatório.
Abaixo, um trecho da carta em que São João Paulo II ressalta a importância de se rezar pelos mortos:
As orações de intercessão e de súplica, que a Igreja não cessa de dirigir a Deus, têm um valor enorme. Elas são “próprias dum coração conforme com a misericórdia de Deus” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2635).
O Senhor deixa-Se sempre tocar pelas súplicas dos Seus filhos, pois é o Deus dos vivos. Durante a Eucaristia, mediante a oração universal e o memento pelos defuntos, a comunidade reunida apresenta ao Pai de todas as misericórdias aqueles que morreram, a fim de que, pela prova do purgatório, se esta lhes for necessária, sejam purificados e cheguem à felicidade eterna.
Ao confiarmo-los ao Senhor, reconhecemo-nos solidários com eles e participamos na sua salvação, neste admirável mistério da Comunhão dos Santos.
A Igreja acredita que as almas que estão retidas no purgatório «são ajudadas pela intercessão dos fiéis e sobretudo pelo sacrifício propiciatório do altar» (Concílio de Trento,Decreto sobre o Purgatório), assim como “pelas esmolas e as outras obras de piedade” (Eugénio IV, Bula Laetantur caeli).
Comunhão dos santos
“Com efeito, a própria santidade já vivida, que deriva da participação na vida de santidade da Igreja, representa o primeiro e fundamental contributo para a edificação da própria Igreja, como “Comunhão dos Santos” (Christifideles laici, 17).
Encorajo, pois, os católicos a orarem com fervor pelos defuntos, por aqueles das suas famílias e por todos os nossos irmãos e irmãs que morreram, a fim de obterem a remissão das penas devidas aos seus pecados e ouvirem o apelo do Senhor:
“Vem, ó minha alma querida, ao repouso eterno entre os braços da Minha bondade, que te preparou as delícias eternas” (Francisco de Sales, Introdução à vida devota, 17, 4).
Ao confiar à intercessão de Nossa Senhora, de Santo Odilon e de São José, Padroeiro da boa morte, os fiéis que rezarem pelos mortos, concedo-lhes de todo o coração a minha Bênção Apostólica, assim como aos membros da comunidade diocesana de Autun, aos que estão inscritos na Arquiconfraria de Nossa Senhora de Cluny e aos leitores do Boletim Lumière et vie.
De bom grado faço-a extensiva a todos os que, durante o ano milenário, orarem pelas almas do purgatório, participarem na Eucaristia e oferecerem sacrifícios pelos defuntos.
Segundo fonte de Vatican.va
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