Santa Maria Goretti e as mártires da castidade
“Jovens, prazer aos olhos de Jesus, vocês estão determinados a resistir a todos os ataques à castidade com a ajuda da graça de Deus?”
Santa Maria Goretti é venerada pela Igreja Católica como um grande testemunho da fé. Virgem e Mártir, ela foi um exemplo de escolha radical por Deus e pela vivência da castidade.
A santa, que viveu apenas 12 anos, era de família camponesa, simples e pobre. Quando seu pai morreu, ela se mudou juntamente com sua família para perto de Roma e passou a viver junto com outra família.
Um jovem dessa outra família chamado Alessandro Serenelli tentou diversas vezes convencer Santa Maria Goretti a ter relações sexuais com ele, mas a resposta da jovem santa era sempre a mesma: “Não, não, Deus não quer; é pecado!”.
Até que um dia Serenelli, em uma tentativa malsucedida de estupro à jovem, a esfaqueou diversas vezes.
A jovem demonstrou mais uma vez sua santidade pelas palavras que disse à sua mãe no leito de morte:
“Sim, o perdoo… Lá no céu, rogarei para que ele se arrependa… Quero que ele esteja junto comigo na glória eterna”.
Santa Maria Goretti é uma mártir da castidade. Os relatos nos contam que Alexandre se converteu após a morte da santa jovem e, após deixar a prisão, participou de sua canonização.
Santa Maria Goretti faleceu em 1902 e foi canonizada em 24 de junho de 1950. Na homilia da celebração da canonização, o Papa Pio XII perguntou à grande multidão de jovens presentes:
“Jovens, prazer aos olhos de Jesus, vocês estão determinados a resistir a todos os ataques à castidade com a ajuda da graça de Deus?”. A resposta foi um grande “sim”.
Mártires da Castidade
Assim como Santa Maria Goretti, encontramos na história da Igreja centenas de santos e santas que escolheram a castidade por amor a Deus, sendo diversos deles Mártires da Castidade.
Santos que preferiram a morte ao invés de pecar, santos e bem-aventurados que levaram o 6º mandamento até as últimas consequências por amor a Deus, santos como Santa Filomena e Santa Inês, beatos como Ana Kolesárová.
No Brasil, um país tão atacado na sensualidade e na castidade diariamente, temos três bonitos testemunhos de Mártires da Castidade. São eles:
Bem-aventurada Albertina Berkenbrock
Em 15 de junho de 1931, quando tinha 12 anos, Albertina obedeceu a um pedido de seu pai e foi procurar um animal que estava perdido. No caminho, encontrou seu malfeitor, apelidado “Maneco Palhoça”, que com uma pista falsa levou-a a um local onde tentou estuprá-la.
Albertina não cedeu à sua intenção de manter relações sexuais com ela porque não queria pecar, e, por isso Maneco cravou um canivete em seu pescoço, degolando-a.
Albertina Berkenbrock foi proclamada Bem-Aventurada em 20 de outubro de 2007 pelo Papa Bento XVI.
Benigna Cardoso da Silva
Também conhecida como “heroína da castidade”, Benigna nasceu em 15 de outubro de 1928, em Santana do Cariri (CE). Em 24 de outubro de 1941, aos 13 anos, foi assassinada, após se recusar a ter relações sexuais com um adolescente.
Seu processo de Beatificação está em andamento.
Isabel Cristina Mrad Campos
Isabel Cristina Mrad Campos nasceu em 29 de julho de 1962, em Barbacena (MG), em uma família católica, filha de José Mendes Campos e Helena Mrad Campos.
No dia 1º de setembro 1982, um homem que foi para montar um guarda-roupa em sua casa tentou violentá-la, mas Isabel resistiu para manter sua castidade.
Diante da resistência da jovem, o homem lhe deu uma cadeirada na cabeça, amarrou a moça, amordaçou e rasgou suas roupas. Como a jovem não cedeu, o agressor lhe deu 15 facadas, matando-a.
Após o reconhecimento de seu martírio, a data de sua beatificação foi anunciada para o dia 10 de dezembro de 2022.
A força do amor
Todos esses relatos nos mostram a força daqueles que buscam amar a Deus sobre todas as coisas, que se mantém fiéis à castidade e à santidade, mesmo diante da morte e são grandes exemplos para nossa vida.
Nos inspiram a buscar mais a Deus, a amá-Lo mais intensamente e nos inspiram a viver a castidade em nossa vida.
Santos e Beatos Mártires da Castidade, rogai por nós!
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