Meu filho não quer ir à escola. O que fazer?
Pode acontecer do seu filho apresentar certa resistência quando o assunto é ir à escola. Ele pode queixar-se de dor de cabeça, de enjoo ou, ainda, se põe a chorar e até mesmo fazer birra.
Não é só birra
O motivo dele não querer ir à escola nem sempre é só birra. A origem pode ser medo ou insegurança, causado por mudança de fase escolar (é mais comum entre cinco e sete anos), mudança de escola (medo do que vai encontrar), insegurança dos pais (que têm dificuldade de encarar a separação dos filhos), entre outras causas.
Nas fases de grande transição, ocorrem rupturas importantes na vida da criança, como a mudança de escola, do círculo de amizades ou mesmo da dinâmica de estudo. E todas as situações novas podem causar insegurança.
Os mais novos, por exemplo, também podem apresentar problemas na hora de ir para a creche ou para a escolinha.
Quando a criança é separada de seus pais ou de pessoas importantes para ela, com as quais está acostumada a conviver, ela fica ansiosa e essa ansiedade pode se manifestar não apenas na porta da escola, mas em qualquer situação em que ela precise se afastar das pessoas com quem elas se sentem seguras.
Entender a dificuldade
Seja qual for a idade, se o problema persistir e demorar a ser superado ou trazer prejuízos à qualidade de vida da criança, o ideal é investir em uma investigação interdisciplinar, que pode envolver profissionais como psicólogo, pedagogo, pediatra.
Veja abaixo algumas dicas de como ajudar a criança que não quer ir à escola:
1. Procure identificar a causa do comportamento e não brigue com a criança,
2. Converse com calma, mas não pressione a criança a falar. Faça perguntas sobre o ambiente escolar para tentar descobrir possíveis conflitos existentes,
3. Se a criança se queixar de algum colega ou professor, procure conversar com a coordenação e buscar uma parceria para lidar com a situação,
4. Ao deixá-la na escola, não demore mais que o necessário
5. Se apresentar sintomas físicos, leve a criança ao pediatra para uma avaliação.
6. Não adie a solução do problema, deixando que a criança falte sempre às aulas. Quanto mais você permitir, mais ela buscará essa alternativa.
Para a criança, estas passagens são dolorosas, mas fazem-no crescer e entender que na vida, muitas vezes, não fazemos sempre o queremos. É assim que se torna um adulto responsável e pronto para os desafios da vida.
Boa volta às aulas!
Maitê Gabriela Ferreira, Pedagoga e Catequista
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