Lojas Renner se retrata por peça de roupa ofensiva à Nossa Senhora
A rede de roupas Lojas Renner foi alvo de críticas após consumidores apontarem que se sentiram ofendidos com a estampa de uma camiseta à venda na loja online.
A “Santa Morte”
A peça de roupa em questão é uma camiseta com uma estampa de Nossa Senhora de Guadalupe em aparência cadavérica com os dizeres em inglês “between lies and truth, from death to live”, com tradução aproximada de “entre mentiras e verdade, sobre a vida e a morte“.
Em resposta pelo Twitter, a Lojas Renner disse que sente muito se a estampa desagradou e acrescentou: “O tema desta coleção em específico foi inspirado no México e, durante nossas imersões na história, arte e cultura do país“.
A @Lojas_Renner acredita que pode menosprezar a fé cristã estampando uma Nossa Senhora mortificada:#BoicoteRenner #ComMinhaFeNao https://t.co/jNcKb5lEmR
— Professor Igor 🇧🇷🇵🇹 (@professorigor) 25 de março de 2019
Eles se referem ao culto da Santa Morte que é muito popular naquele país. Todavia, os criadores da peça usaram da imagem de Nossa Senhora de Guadalupe para estilizar, ou seja, a padroeira da América Latina.
A origem do culto à “Santa Morte” no México é incerta. Alguns o consideram como um culto pré-hispânico, que sobreviveu mesmo com a oposição da Igreja Católica.
Segundo outros a “devoção”, na verdade é a conservação do culto a Mictlantecuhtli, que na mitologia asteca é o deus da morte, senhor do Mictlán, o silencioso e obscuro reino dos mortos. Esta divindade pré-hispânica se assemelha ao deus maia Ah Duch, o qual era representado com o corpo em putrefação, com uma cabeça quase em caveira, adornada com sinos e colares de ossos e penas.
Num tuite postado à tarde do mesmo dia a Renner avisou que o produto seria retirado de todas as lojas.
Vilipêndio religioso
Não é a primeira vez que a fé católica é alvo de vilipêndio. Já falamos aqui da exposição de um Ronald Mc’Donalds crucificado e da exposição do Queer Museum porém, existem muitas outras por aí.
A fé católica é a mais insultada pela cultura vigente como se a arte contemporânea precisasse seguir o item “para chocar”.
Todavia, ridicularizar pode ser considerado crime de vilipêndio religioso com punição prevista no Código Penal:
Art. 208 – Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
Devemos sim nos manifestar quando algo ofende nossa crença e pedir desculpas e nos retratar se algum ato nosso ofendeu alguém. Um bom diálogo começa sempre pelo respeito mútuo.
Qual sua opinião sobre isto? Conte para nós e deixe nos comentários suas impressões sobre este assunto.
Com informações de Veritatis
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