Diácono serviço da Igreja

A história dos diáconos começa junto à Igreja primitiva, em Atos dos Apóstolos, no capítulo 6. Vamos ler:

Naqueles dias, como crescesse o número dos discípulos, houve queixas dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas teriam sido negligenciadas na distribuição diária.

Por isso, os Doze convocaram uma reunião dos discípulos e disseram: ‘Não é razoável que abandonemos a Palavra de Deus, para administrar. Portanto, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste ofício. Nós atenderemos sem cessar à oração e ao ministério da palavra’.

Esse parecer agradou a toda a reunião. Escolheram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo; Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia.

Apresentaram-nos aos apóstolos, e estes, orando, impuseram-lhes as mãos. Divulgava-se sempre mais a Palavra de Deus. Multiplicava-se consideravelmente o número de discípulos em Jerusalém. Também grande número de sacerdotes aderia à fé.

Estêvão, cheio de graça e fortaleza, fazia grandes milagres e prodígios entre o povo.” (At 6, 1-8)

Diácono na história da Igreja

Essa breve narrativa documenta pela primeira vez a existência e a função do diácono na história da Igreja.

Os diáconos foram homens de fé, escolhidos pelos Apóstolos para ajudar no serviço da Igreja primitiva, auxiliando nas questões administrativas: como a partilha do pão, o cuidado das viúvas, bem como a pregação do Evangelho ao povo de Deus, permitindo assim que os Apóstolos pudessem se dedicar ao anúncio da Boa Nova pelo mundo todo.

O diaconato naquele tempo não exigia o celibato. Homens casados podiam ser diáconos. Por isso, em conformidade com a Igreja primitiva, o Concílio Vaticano II restitui o diaconato para homens casados, chamado então de diaconato permanente.

Qual a função do Diácono?

A função do diácono é auxiliar o Bispo no serviço da caridade. Seja na parte pastoral, administrativa e litúrgica, pois ele recebe o sacramento da Ordem.

De acordo com o Catecismo da Igreja Católica, no ponto 1570:

Cabe aos diáconos, entre outros serviços, assistir o Bispo e os padres na celebração dos divinos mistérios, sobretudo a Eucaristia; distribuir a Comunhão; assistir ao matrimônio e abençoá-lo, proclamar o Evangelho e pregar, presidir os funerais e consagrar-se aos diversos serviços da caridade”.

Os diáconos não podem consagrar a Eucaristia, nem celebrar uma missa (apenas celebração da Palavra), dar a unção dos enfermos ou ouvir confissões, essas funções são do sacerdote.

Mas, pode ajudar no cuidado com o povo, ajudar em pastorais, atividades de caridade, administrativas, evangelizações, etc.

Qual a diferença entre diácono transitório e diácono permanente?

A primeira coisa que precisamos entender é que o diaconato faz parte do sacramento da Ordem.

Existem três graus no sacramento da Ordem: o Episcopado, o Presbiterado e o Diaconato.

Ou seja, o diácono recebe o sacramento da ordem, mas não é um sacerdote, de acordo com o Catecismo da Igreja Católica, no ponto 1569: “Na ordenação de um diácono são-lhes impostas as mãos não para o sacerdócio, mas para o serviço”.

A grande diferença entre um diácono transitório e um diácono permanente é que o diácono transitório está em processo de ordenação sacerdotal, e será ordenado padre (normalmente esse período de diaconato dura de 1 a 2 anos).

Já o diácono permanente é um homem casado, que exercerá o serviço à caridade como diácono, mas mantendo o sacramento do matrimônio e servindo também sua família.

Em geral, para ser um diácono permanente é necessária uma ativa participação na Igreja, vocação para obras sociais e estar casado há um bom tempo.

A Importância do Diácono para a Igreja

Santo Inácio de Antioquía reconhece a necessidade do diaconato no período apostólico, dizendo que é impensável uma Igreja particular sem Bispo, Presbítero e Diácono (Epist. ad Philadelphenses).

Depois do séc. V, o diaconato, como trabalho permanente de caridade, vai sendo extinguido. Aos poucos, é transformado somente em um passo anterior ao sacerdócio, ou seja, antes da ordenação sacerdotal, o candidato tornava-se Diácono.

Porém, na renovação eclesial feita pelo Concílio Vaticano II, o Espírito inspira a Igreja a voltar a suas fontes bíblicas e patrísticas.

A Aliança de Misericórdia terá 3 novos diáconos

No dia 11 de dezembro, serão ordenados três novos diáconos para a Aliança de Misericórdia, sendo dois permanentes e um transitório.

Denilson Dulianel, casado, administrador, professor e, com sua família, missionários internos da Aliança. Ele percebeu os primeiros sinais do chamado ao diaconato em 2011, antes de seu ingresso na comunidade.

Júlio Neto, casado e missionário da Aliança desde a fundação, junto a sua esposa e filha. Cantor, pregador e teólogo, deu mais um SIM a Deus. “Mais forte para mim nessa vocação e que me confirmou esse chamado de Deus foi entender que o diaconato tem um tripé: serviço no altar, anúncio da Palavra e a pregação. Me deparando com essas três dimensões, eu automaticamente me lembrei das três vertentes do nosso Carisma: Eucaristia, Palavra e Pobres. Então, eu percebi que essas duas realidades se integravam, me trazendo confirmações”. testemunhou ele.

 

Ênio José, preparando-se para o presbiterato, está cada vez mais próximo desse chamado. Ele é natural de Fartura/SP e entrou na Aliança em 2008. Em missão, passou pelas casas em Belo Horizonte, Piracicaba, Manaus e atualmente está em São Paulo.

 

Conheça aqui mais da história dos nossos irmãos que serão ordenados no próximo dia 11.

Participe desse momento: sábado, dia 11/12 – 18h – transmissão pelo canal da Aliança no YouTube

 

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