Deus condena ao Inferno?

Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida eterna”. (1 Jo 3, 14-15).

A pena maior do Inferno é a separação definitiva de Deus. Ele não condena ninguém. Para ter este destino, deve haver uma aversão clara (pecado mortal) a Deus e persistir com esta até o último suspiro.

Todos sabemos que o ser humano é composto de alma e espírito. Sendo ele mesmo uma ponte entre o Céu e a Terra, vive aqui neste mundo, aspirando a eternidade, a vida espiritual. Quando o homem perde de vista o seu destino final, entra numa postura de ceticismo e até mesmo um desespero, levando-o a buscar viver intensamente tudo de bom e de ruim que o mundo tem para oferecer.

Para os cristãos, nossa vida terrena deve nos conduzir cada vez mais ao fim para o qual fomos criados: somos cidadãos do Céu! Todavia, quando alguém caminha em pecado, escolhendo de maneira livre o afastar-se de Deus, ela vai definindo já aqui o seu destino eterno. No caso de quem escolhe o pecado, o destino é o Inferno. Somos Templo e Morada de Deus, como pode Deus mandar para um lugar de tormento a sua própria habitação?

Disse São Basílio Magno. “Os condenados ao inferno serão partidos ao meio, para serem entregues às chamas eternas. Por que? Porque o Espírito Santo não pode ir ao Inferno”.

O espírito é a tendência do homem para a comunhão com Deus e quando ela não acontece o homem escolhe ir para longe, ou seja, para o Inferno. Satanás, foi criado bom, foi criado para servir a Deus, quando se fecha a essa comunhão se auto destrói e assim acontece conosco. O salário do pecado é a morte. Dentro do pecado há algo de mortífero e quando cultivo o pecado, ele, no Juízo Final, decidirá o meu destino. Isto é a morte eterna.

O Catecismo da Igreja Católica (1033-1041) classifica esse afastamento como auto exclusão definitiva da comunhão com Deus; o Inferno. Jesus fala de “geena”, ou fogo eterno e a doutrina da Igreja Católica, afirma sua existência. A pena maior do Inferno é a separação definitiva de Deus. Ele não condena ninguém. Para ter este destino, deve haver uma aversão clara (pecado mortal) a Deus e persistir com ela até o último suspiro.

Estamos no tempo favorável de conversão, tempo que podemos recorrer aos Sacramentos para nos separamos cada vez mais do pecado que nos corrompe. Não sabemos o dia e nem a hora em que devemos entregar nossa vida. Por isto, sejamos vigilantes e amemos a Deus, ao próximo e a nós mesmos, para termos a graça necessária da conversão diária.

 

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