Congresso Jovem 2K23 – Idólatras da vida boa

Congresso Jovem 2K23 – Idólatras da vida boa

Começando o domingo de pregações do Congresso Jovem, Kayque Schissler conduziu a primeira temática do dia: “Idólatras da vida boa”, com base na meditação da palavra de Êxodo 32.

Enquanto Moisés estava no monte

Na reflexão da passagem em que Moisés sobe a montanha para ouvir a Deus e demorava para descer, o povo começa a ficar incomodado com a espera. O povo, ao ver que Moisés tarda a descer do monte, faz um bezerro de ouro, atraindo a ira de Deus.

Nós nos incomodamos com os processos e a demora em obter uma resposta de Deus, mas no nosso caminho espiritual é possível que muita coisa demore, isso é um processo natural da vida: a espera.

Não somos tão diferentes do povo de Israel, que não sabia esperar. É preciso trabalhar isso em nós, em vários âmbitos, como no discernimento da vocação, sobre nossas escolhas, como agir em momentos de crise.

Idólatras da Vida Boa

Se não obtemos respostas rápidas, se não temos vivências que nos agradam, criamos ídolos facilmente, nos tornamos idólatras de uma vida boa.

Idolatria é quando consideramos algo divino, que não é divino, quando colocamos algo no lugar de Deus, até mesmo aquilo que parece ser “enviado dos céus”. Deus quando criou todas as coisas, deixou a Sua marca e constantemente o homem confunde coisas com Deus, quando encontram a marca de Deus.

No livro de Sabedoria diz que Deus quando cria, deixa a sua marca. Os homens das cavernas adoravam a chuva, o vento, porque olhando as coisas boas e acreditavam que essas seriam a real “divindade”, porque viam as marcas de Deus.

“Somos criados para dar glórias a Deus, mas se nós não encontramos nossa glória no Senhor, facilmente glorificamos outras coisas. Assim facilmente entramos na idolatria.”

É muito fácil entrarmos numa vida de idolatria. Fazemos ídolos quando consideramos algo essencial, mas não é.

Perseverança: “Não existe transformação sem confronto”

É preciso pedir ajuda também nas dificuldades. Vivemos num período que muitos jovens estão tendo crises de ansiedade. A maior parte do fruto da ansiedade vem de coisas que não aconteceram ainda, de questões que nos preocupamos. A ansiedade também se torna um ídolo quando isso nos impede de viver a Vontade de Deus.

Quando Deus nos chama, nos chama com as questões que nós temos. Muitas vezes até mesmo as dificuldades e fraquezas são utilizadas para condicionar uma resposta a Deus.

“Não existe transformação sem confronto”

Um dos maiores ídolos da nossa geração é a nossa vontade. É preciso confrontar nossas vontades no caminho de conversão e processo de transformação. Colocamos os nossos problemas na frente e qualquer objeção se transforma em elementos para justificar o que não queremos esperar. Suportar os processos difíceis fazem parte do caminho espiritual.

Testemunho pessoal

Kayque partilhou que também teve de viver as esperas de Deus. Viveu isso no processo de namoro. Demorou dois anos para começar o período de namoro, pois estavam em momentos diferentes na missão.

Ao todo demoraram 7 anos para se casarem, mas o processo de espera foi uma bênção para viverem de fato esse período de matrimônio. Que também enfrentaram os desafios de esperar, mas que valeu suportar o processo.

Até mesmo as dificuldades foram um momento para amadurecimento, pois também houve momentos de tribulação, mas que esses também fizeram parte da construção do relacionamento. Juntos decidiram suportar o processo.

“Momentos de dificuldade, nunca é momento de decisão”

No momento de dificuldade é preciso esperar, é necessário esfriar a cabeça para tomar decisões. Na fragilidade a tendência em querer desistir é uma condutora em que a nossa Vontade pode sobressair na real Vontade de Deus para nossas vidas.

Kayque alertou que “coisas boas fora do tempo certo se tornam coisas ruins”. Muitas vezes devido às demoras, abandonamos a Vontade de Deus para nós. Ao perceber demoras de respostas ou pela vivência de dificuldades nos tornamos idólatras da vida boa, pois são aparentemente boas coisas que o mundo oferece.

Kayque alertou que “é preciso suportar o processo”.

O remédio contra a idolatria é a ira

Deus se ira com o povo de Israel, Moisés desce do monte para entender o que estava acontecendo e vê que o povo se corrompeu adorando um bezerro de ouro. Moisés também se ira com o povo e derrete aquele bezerro.

A consciência do erro deve mover nosso interior para uma radicalidade maior. Devemos nos irar contra o pecado, principalmente com as nossas falhas, para uma mudança real. Não podemos viver num efeito manada, aceitando tudo, a “vida boa” que o mundo oferece: “Se o mundo odeia a Verdade, devemos ficar contra o mundo.”

Quando a idolatria entra, perdemos a consciência das coisas. É preciso tomar consciência, olhar com dureza e realidade para nossas vidas, para gerar a mudança.

Romanos 8, 26 – O Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza

Facilmente colocamos as coisas no lugar de Deus, mas o único que pode gerar uma mudança em nós, até mesmo para combater a idolatria, é o Espírito Santo.

Precisamos saber suportar o processo. O Senhor quer nos preparar para as dificuldades que virão em nossa vida, pois “Tudo coopera para o bem daqueles que amam a Deus” (Romanos 8,28)

É com a força do Espírito Santo que conseguimos prosseguir e superar nossas dificuldades, sendo o protagonista das nossas decisões, clamando que o Espírito vem em auxílio da nossa fraqueza.

Momento de renúncia

Num momento profundo de oração trouxe para que os jovens pudessem despojar em oração aquilo que fossem empecilhos em sua vida com Deus, renunciando aquilo que é fonte de pecado.

O momento de renúncia e de oração encerrou o momento de pregação, mas foi só o começo deste segundo dia de Congresso Jovem. Acompanhe em nosso canal do Youtube @AliançadeMisericórdia, pelo link: Congresso Jovem.

Confira a pregação completa:

CONGRESSO JOVEM 2023 | Domingo – Parte 1 – YouTube

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