Como sabem, a ação da Aliança é expressa em duas faces: a evangelizadora e a social. Uma está ligada intrinsecamente a outra, como as faces de uma moeda.

A indiferença mata

Quando encontramos alguém necessitado, seja nas ruas, nas periferias ou quando visitam alguma de nossas casas, o desejo é que aquela pessoa se sinta acolhida e única.

Muitos trazem histórias de sofrimento, superação, trazem feridas e necessidades que muitas vezes passam despercebidas pela maioria. Estamos numa época em que deixamos de perceber as pessoas e com isso ficamos insensíveis ao sofrimento.

Uma vez por ano, os missionários da Comunidade de Vida fazem uma missão onde passam uma semana nas ruas de uma grande cidade. O objetivo é viver como os pobres, e ali naquele ambiente, alcançar o máximo de pessoas que puderem.

Sabe qual é a parte mais difícil desta missão? Quem pensou ser a comida ou a higiene errou. A experiência mais difícil para os missionários é a indiferença das pessoas que passam por eles.

É mais fácil fingir que estas pessoas não existem para que o sofrimento delas não nos constranja e assim, termos que sair do nosso conforto e ajudar de alguma forma.

Chegamos, portanto, à triste conclusão de que a arma mais mortal é a indiferença.

Quantas pessoas definham nas ruas e em diversos cantos das nossas cidades sem ter quem lhes dê o mínimo de atenção e cuidado? Queremos contar uma simples experiência.

Olhar e agir

Temos uma missão e um trabalho social numa favela chamada Moinho, na região central de São Paulo/SP.

No mês passado aconteceu o MIR (Mutirão Internacional Restaura-me), que dentre outras atividades, se concentrou na reforma de um barraco. Os moradores são um pai com seu filho de 7 anos de idade.

O barraco não precisava de reforma; precisava ser refeito! O chão era uma mistura de terra e entulho, haviam ninhos de ratos em vários cantos. Impossível crer que seres humanos morassem ali.

Tudo foi ao chão com a ajuda de voluntários; outras pessoas doaram os “madeirites” e o que fosse necessário para deixar o lugar minimamente digno de um filho de Deus. Tudo foi doado: roupas de cama, mesa e banho e utensílios domésticos.

Um simples gesto

Na arrumação, as missionárias deram o seu toque especial. A cena é linda e tocante:

“Foi forte, pois quando arrumei as camas, o André (o pai) se emocionou. E eu fiz questão de arrumar como nós arrumamos em nossas casas. Eu perguntei pra ele porque estava chorando. Ele me disse: ‘Irmã, não lembro qual foi a última vez que meu filho dormiu numa cama limpinha’. 

E daí eu chorei junto! Nós não temos noção de como cada gesto transforma o coração das pessoas simplesmente por se sentirem amadas” (Roberta, missionária da Comunidade de Vida).

Esta simples experiência pode nos levar a diversas meditações e entendimentos sobre a nossa vida, mas queremos que você perceba o quanto foi importante a presença de pessoas que se deixaram sensibilizar pela situação daquela família.

Muitos, mesmo não podendo colocar a “mão na massa”, ajudaram com o que podiam para que hoje, a história destes esquecidos da sociedade, pudesse chegar até você, ou a tantas outras pessoas que lerão este texto.

Estender a mão conosco

Você, com sua doação espontânea, ajuda a manter nossa missão e a promover momentos como esses, para que outros Andrés possam chorar de alegria por terem sido lembrados e cuidados como verdadeiros filhos de Deus.

Divulgue e compartilhe com seus amigos e familiares os projetos e missões da Aliança de Misericórdia!

DOAÇÕES PARA A ASSOCIAÇÃO E OS PROJETOS SOCIAIS:
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