Santa Inês – Castidade e heroísmo

Santa Inês é um exemplo de Santa que preferiu a morte a desonrar Deus, inspirando fidelidade às mulheres em todo o mundo. É mártir da castidade, assim como a recente beata Mineira Isabel Cristina.

O nome Inês significa pura e, como muitas vezes, representa a missão de vida da própria Santa: revelar a essência da pureza e da virtude em um mundo que perdeu esses valores.

Inês nasceu em Roma no ano de 304. Filha de nobres, foi educada na fé cristã e desde pequena chamava atenção por sua beleza. Ainda criança ela decidiu se consagrar a Deus e fez o voto de castidade.

A Santa possuía muitos pretendentes, porém, por causa do seu voto, recusava todos, até que Fúlvio, filho do prefeito de Roma, a pediu em casamento. Por seu voto de castidade, a Santa logo recusou.

Naquele tempo era proibido ser cristão, então o jovem, indignado com a recusa, denunciou Inês. Ela foi presa e após um julgamento forjado, condenada a vários castigos.

Um desses castigos era manter aceso o fogo da deusa romana Vesta, e assim renunciar a fé católica. Porém, Santa Inês recusou e disse que não trairia seu Esposo.

O prefeito de Roma lhe conferiu uma pena pior do que a anterior: ser exposta num prostíbulo, totalmente nua, para que os homens fizessem o que quisessem com ela. A Santa pediu então a proteção de seu divino Esposo. Conta à tradição que uma luz a envolveu e ninguém conseguia ver nada, cada pessoa que tentava se aproximar da Santa era atingido pela luz.

Um homem que tentou agarrá-la ficou cego, porém Inês, em um ato de caridade heroica, perdoa-o e reza por ele. O homem voltou a enxergar e se converteu ao Cristianismo.

A tradição também nos conta que outro homem tentou violentá-la. Dessa vez, um anjo do Senhor o matou. Santa Inês, mais uma vez, recorreu ao Senhor e o homem voltou a vida.

Ao ver tudo isso, o prefeito de Roma ficou com medo e passou o caso para o vice-prefeito, que mandou queimar a jovem Santa. Novamente um milagre aconteceu e as chamas não atingiram Inês.

Santa Inês passou por vários castigos sob as ordens de Aspásio, o vice-prefeito. Ela foi acorrentada e esticada na roda de tortura, mas, ao invés de sofrer, a Santa louvava a Deus em todo o momento e nada lhe fazia mal.

O vice-prefeito então ordenou que ela fosse decapitada e assim Santa Inês morreu, recebendo os louros de sua batalha com a vida eterna. A Santa tinha apenas 13 anos quando o fato ocorreu, no dia 21 de janeiro de 317.

Santa Inês é Padroeira da Pureza e da castidade, além de ser a padroeira dos noivos.

 

Curiosidades sobre a Santa:

Além da tradição da Igreja, há indícios arqueológicos da Santa, sendo o principal o crânio de uma menina de 13 anos encontrado no local de sua morte e que hoje é venerado como relíquia na Igreja de Santa Inês, em Roma.

As imagens de Santa Inês representam a jovem com um cordeiro nos braços, representando o Cristo, cordeiro de Deus, e também fazendo alusão ao seu nome em latim agnus. Ela também segura um lírio que representa sua pureza.

Por causa do cordeiro de sua imagem, a Igreja mantém uma bonita tradição até hoje. Anualmente, os padres da Basílica de Santa Inês levam dois cordeiros para o Santo Padre o Papa abençoar. Depois os cordeiros são tosados e sua lã utilizada para fazer os pálios que são usados pelos bispos da Igreja.

 

Oração a Santa Inês

Ó dulcíssimo Senhor Jesus Cristo, fonte de todas as virtudes, amigo das almas virginais, vencedor fortíssimo das ciladas dos poderosos, severíssimo extirpador de todos os vícios, lançai propício vosso olhar para a minha fraqueza, e pela intercessão de Vossa Santíssima Mãe, a Virgem Maria e de Santa Inês, concedei o auxílio de vossa divina graça.

Santa Inês, rogai por nós.

 

Veja também: Santa Maria Goretti e as mártires da castidade

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