De acordo com a tradição católica, a promessa de esmagar a cabeça da serpente, uma referência ao poder de Satanás, foi profetizada no livro do Gênesis, no Antigo Testamento. Essa promessa é vista como uma prefiguração da vitória definitiva sobre o mal, que seria realizada por Jesus Cristo, o Redentor da humanidade.

No entanto, essa vitória também é entendida como sendo compartilhada por Maria, a mãe de Jesus, em virtude de sua cooperação única com o plano de salvação de Deus.

Essa cooperação é simbolizada na promessa feita a Eva, no Gênesis, sobre a descendência que esmagaria a cabeça da serpente, que alguns interpretam como uma referência tanto a Jesus quanto a Maria.

João Cláudio Rufino, teólogo católico explora essa ideia, destacando o papel central de Maria na história da salvação como a “Nova Eva”, que desempenha um papel essencial na obra redentora de Cristo. Maria, por meio de sua submissão à vontade de Deus e de sua maternidade espiritual, contribui para a derrota do pecado e do mal.

A resposta à pergunta sobre quem esmaga a cabeça da serpente – Maria ou Jesus – é, na verdade, uma combinação dos dois. Jesus Cristo é o Salvador que, por meio de sua morte e ressurreição, conquistou a vitória sobre o pecado e a morte. Maria, por sua vez, é a colaboradora fiel e a intercessora poderosa que desempenha um papel significativo nessa vitória, como mãe espiritual de todos os crentes.

Em última análise, a compreensão de quem esmaga a cabeça da serpente é uma expressão da rica teologia católica sobre o papel de Maria na obra da redenção. Tanto Jesus quanto Maria são vistos como participantes ativos nesse grande mistério da salvação, cada um contribuindo de maneira única e complementar para a realização do plano divino para a humanidade.

Maria como a “Co-redentora” e “Advogada”, que intercede por nós diante de seu Filho, Jesus Cristo, o Salvador e Redentor da humanidade.

Que possamos buscar inspiração em Maria e Jesus em nossa vida, confiando em sua poderosa intercessão e na vitória final sobre o mal e a morte.