O Espírito Santo – Uma Pomba? Deus? Nosso Defensor!
O Espírito Santo, é a terceira pessoa da Santíssima Trindade, o nome Espírito Santo foi dado pelo próprio Jesus, Espírito é a tradução do termo hebraico Ruah, que significa, sobro, ar, vento.
Jesus quando fala com Nicodemos apresenta essa relação do Espírito que Sopra onde quer, o Espírito Santo é precisamente o Sopro de Deus.
O Espírito Santo também é chamado por Jesus de o Paráclito que significa “aquele que é chamado para junto” ou o Consolador. Ele é o Espírito da Verdade que a tudo revela.
É também o defensor, aquele que coloca a Verdade na boca dos Cristãos para evangelizar. Ele é quem inspira e infunde as graças nos fiéis.
É o espírito da promessa como diz São Paulo em Gálatas 3,14. Ele que nos move, Ele nos Santifica, Ele que habita em nós e nos faz renascer no Batismo como Filhos de Deus.
O Catecismo no ponto 684 diz: “O Espírito Santo, pela sua graça, é o primeiro no despertar da nossa fé e na vida nova que consiste em conhecer o Pai e Aquele que Ele enviou, Jesus Cristo.
No entanto, Ele é o último na revelação das Pessoas da Santíssima Trindade. São Gregário de Nazianzo, «o Teólogo», explica esta progressão pela pedagogia da «condescendência» divina:
O Antigo Testamento proclamava manifestamente o Pai e mais obscuramente o Filho. O Novo manifestou o Filho e fez entrever a divindade do Espírito. Agora, porém, o próprio Espírito vive conosco e manifesta-se a nós mais abertamente. Com efeito, quando ainda não se confessava a divindade do Pai, não era prudente proclamar abertamente o Filho: e quando a divindade do Filho ainda não era admitida, não era prudente acrescentar o Espírito Santo como um fardo suplementar, para empregar uma expressão um tanto ousada […] É por avanços e progressões “de glória em glória ” que a luz da Trindade brilhará em mais esplendorosas claridades”
O Espírito Santo como uma pessoa da Santissima Trindade age em conjunto com o Pai e o Filho, é um só Deus em 3 pessoas. O Espírito Santo, portanto, não é menor nem maior que o Pai, é consubstancial ao Pai e ao Filho.
Ninguém conhece o que há em Deus, senão o Espírito de Deus (1 Cor 2, 11). É o Espírito Santo que revela o Pai à nós. Na história da Salvação Ele vem agindo na vida dos homens, falando pelos Profetas do Antigo Testamento, dando coragem aos Apóstolos e aos Mártires e guiando a Igreja.
As escrituras são inspiradas por Ele, o Magistério e a tradição são suas testemunhas. O Espírito Santo que desce e nos faz sacramentais, fazendo os sacramentos válidos, Ele nos dá sua unção e quando rezamos Ele intercede por nós.
Quando dá seus dons e seus carismas o Espírito Santo edifica a Igreja. E na vida dos Santos ele Testemunha a Redenção.
Veja também: Por que o Espírito Santo é Deus?
Os Símbolos do Espírito Santo
O Espírito Santo possui diversos símbolos que mais do que nos ajudar a imaginá-lo, nos ajudam a compreender sua ação em nossas vidas, vejamos o que o Catecismo nos ensina sobre os símbolos do Espírito Santo.
A Água: “O simbolismo da água é significativo da ação do Espírito Santo no Baptismo, pois que, após a invocação do Espírito Santo, ela torna-se o sinal sacramental eficaz do novo nascimento.
Do mesmo modo que a gestação do nosso primeiro nascimento se operou na água, assim a água baptismal significa realmente que o nosso nascimento para a vida divina nos é dado no Espírito Santo.“ (CIC 694)
A unção com óleo: “O simbolismo da unção com óleo é também significativo do Espírito Santo, a ponto de se tomar o seu sinónimo.
Na iniciação cristã, ela é o sinal sacramental da Confirmação, que justamente nas Igrejas Orientais se chama «Crismação».
Mas, para lhe apreender toda a força, temos de voltar à primeira unção realizada pelo Espírito Santo: a de Jesus. Cristo («Messias» em hebraico) significa «ungido» pelo Espírito de Deus. Houve «ungidos» do Senhor na antiga Aliança, sobretudo o rei David. Mas Jesus é o ungido de Deus de maneira única: a humanidade que o Filho assume é totalmente «ungida pelo Espírito Santo». Jesus é constituído «Cristo» pelo Espírito Santo” (CIC 695)
O fogo: Enquanto a água significava o nascimento e a fecundidade da vida dada no Espírito Santo, o fogo simboliza a energia transformadora dos atos do Espírito Santo. A tradição espiritual reterá este simbolismo do fogo como um dos mais expressivos da ação do Espírito Santo . «Não apagueis o Espírito!» (1 Ts 5, 19). (CIC 696)
A nuvem e a luz:Estes dois símbolos são inseparáveis nas manifestações do Espírito Santo. Desde as teofanias do Antigo Testamento, a nuvem, umas vezes escura, outras luminosa, revela o Deus vivo e salvador, velando a transcendência da sua glória (CIC 697)
O Selo:O selo é um símbolo próximo do da unção. Com efeito, foi a Cristo que «Deus marcou com o seu selo» (Jo 6, 27) e é n’Ele que o Pai nos marca também com o seu selo» . Porque indica o efeito indelével da unção do Espírito Santo nos sacramentos do Baptismo, da Confirmação e da Ordem, a imagem do selo («sphragis») foi utilizada em certas tradições teológicas para exprimir o «carácter» indelével, impresso por estes três sacramentos, que não podem ser repetidos. (CIC 698)
A mão:
É pela imposição das mãos que Jesus cura os doentes e abençoa as crianças. É pela imposição das mãos dos Apóstolos que o Espírito Santo é dado. (CIC 699)
O dedo:
«É pelo dedo de Deus que Jesus expulsa os demónios» (46). Se a Lei de Deus foi escrita em tábuas de pedra «pelo dedo de Deus» (Ex 31, 18), a «carta de Cristo», entregue ao cuidado dos Apóstolos, «é escrita com o Espírito de Deus vivo: não em placas de pedra, mas em placas que são corações de carne» (2 Cor 3, 3).
O hino «Veni Creator Spiritus» invoca o Espírito Santo como «digitus paternae dexterae» — «Dedo da mão direita do Pai» (CIC 700)
A pomba:
No final do dilúvio, a pomba solta por Noé regressa com um ramo verde de oliveira no bico, sinal de que a terra é outra vez habitável. Quando Cristo sobe das águas do seu batismo, o Espírito Santo, sob a forma duma pomba, desce e paira sobre Ele . O Espírito desce e repousa no coração purificado dos batizados (CIC 701)
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
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