Nota de Pesar pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI

Com pesar, recebemos na manhã deste sábado, 31, a notícia da Páscoa Eterna de Sua Santidade, o Papa Emérito Bento XVI.

“Cooperador da Verdade”, como dizia seu lema, Bento XVI contribuiu diretamente para que o povo de Deus se voltasse às raízes da fé, em especial aos jovens, a quem pediu: “Estudem o Catecismo!”.

Nota de Pesar

Ele é e permanecerá sendo exemplo de entrega, retidão, serviço, verdade e silêncio. Apesar de ter renunciado ao papado, nunca renunciou a responsabilidade de sustentar a Igreja com sua oração e seus sacrifícios, como bem lembrou o Papa Francisco.

Durante o Te Deum, na Basílica de São Pedro, inclusive, o Papa Francisco refletiu: “Com comoção recordamos sua pessoa, tão nobre, tão gentil. E sentimos tanta gratidão em nossos corações: gratidão a Deus por tê-la dado à Igreja e ao mundo; gratidão a ele, por todo o bem que fez e, sobretudo, por seu testemunho de fé e oração, especialmente nestes últimos anos de sua vida retirada”.

E concluiu dizendo que “só Deus conhece o valor e a força de sua intercessão, de seus sacrifícios oferecidos pelo bem da Igreja”.

Bento XVI e a Aliança de Misericórdia

A Aliança de Misericórdia também é grata ao Papa Emérito Bento XVI por sua paternidade e pelo convite à vivência do Amor de Deus, como bem nos ensinou em sua primeira encíclica, a “Deus Caritas Est”.

Pe. Custódio, presidente da Aliança, viveu um bonito momento com o Pontífice durante sua passagem por São Paulo/SP:

Nota de Pesar pelo falecimento do Papa Emérito Bento XVI
Papa Emérito Bento XVI e Pe. Custódio

“No ano de 2007, o Papa Bento XVI visitou o Brasil. O compromisso principal era a abertura da V Conferência do CELAM que aconteceu em Aparecida. Diante desse compromisso, ele passou por São Paulo, onde aconteceu a canonização de Frei Galvão, primeiro santo brasileiro, e como era costume naquele momento pelos países por onde o Papa Bento passava, foi marcado um encontro com os jovens.

Esse encontro aconteceu no Pacaembu e eu fui convidado pela Arquidiocese de São Paulo para ser o secretário da comissão organizadora do encontro.

O encontro foi um momento muito bonito. O estádio tinha cerca de 40 mil jovens do Brasil todo. Foi realmente muito bonito. O Papa pareceu muito afetuoso, muito acolhedor dos jovens.

Nas suas palavras, naquele dia, ele falou sobre a Parábola do jovem rico, convidado os jovens a não terem medo de deixarem as suas riquezas e as riquezas do mundo para abraçarem um projeto de vida e de felicidade em Deus. Realmente essas palavras foram marcantes!

Foi também naquele encontro que um jovem brasileiro pediu, em nome da Igreja do Brasil, para que o país pudesse sediar uma Jornada Mundial da Juventude, o que de fato aconteceu em 2013.

Eu trabalhei diretamente na organização do encontro e a expectativa era muito grande de receber o Papa, e quando eu vi o Santo Padre, o sucessor de Pedro passando ali, a forma como ele olhava para os jovens, acolhendo os jovens.

Foi realmente algo emocionante ver os jovens ali em comunhão com o sucessor de Pedro, os jovens que professavam a sua fé católica e ali eles viam um sinal visível da unidade da nossa fé que é a figura do Santo Padre.

No final do encontro eu tive a oportunidade de abraçar o Santo Padre, de cumprimentá-lo e naquele momento a voz falhou e eu só fui capaz de dizer: “Obrigado!”. Agradeci a ele e depois pedi a benção.

A nossa Comunidade também estava presente lá e foi um momento muito marcante da minha história e da história da Aliança, de estarmos ali diante do sucessor de Pedro como jovens que queriam colocar a sua vida a serviço de Deus e da Igreja”.

Uma grande honra!

Pe. Pedro Morais, Diácono Júlio Neto e diversos músicos da Aliança também estiveram na ocasião, no Ministério de Música que serviu no encontro. O Diácono Júlio relembra com carinho:

“Quando nós recebemos o convite para tocar no encontro com a juventude com o Papa Emérito Bento XVI nós nem acreditamos. Achávamos até que era uma brincadeira que estavam fazendo conosco, mas depois era a mais pura realidade. E para nós foi uma honra muito grande poder servir à Igreja nesse momento.

Créditos: Paulo Liebert/Estadão Conteúdo/AE

Aliás, foi uma experiência muito interessante, pois o bispo responsável pela organização da vinda do Papa nos pediu toda discrição, para que nós não ficássemos dando entrevistas, falando a respeito desse encontro. A imprensa nos procurou, tendo descoberto que nós tocaríamos. Seguimos a orientação da Igreja, tanto que até os dias de hoje muitas pessoas que participaram daquele encontro nem imaginam que éramos nós, Aliança de Misericórdia, que estávamos animando e tocando naquele encontro, na presença do Santo Padre.

Naquele dia nós fomos tocados e tomados por uma grande emoção. O Papa refletiu com a juventude do Brasil a passagem que fala do jovem rico e aquilo que ficou marcado em nossos corações foi exatamente o fato das palavras do Santo Padre que nos convidavam a entender que não podemos nos entristecer com tudo aquilo que Deus nos pede, mas nosso coração precisa estar sempre feliz e alegre em poder servir ao Senhor.

E nós vimos essa palavra se cumprindo em nossos corações e em nossas vidas, tendo servido à Igreja na presença do Santo Padre, o Papa, tendo recebido a benção dele, o nosso ministério… ele foi depois ali do nosso lado para nos abençoar.

Até hoje somos tomados pela emoção de sabermos que pudemos servir a Igreja e esse santo homem que hoje parte para a Casa do Pai e que temos a certeza de sua santidade, da herança teológica e filosófica por todo amor à verdade que ele tinha e transmitiu para nós!“.

Seguimos rezando pela alma do Papa Emérito Bento XVI, confiantes de que Deus o acolheu em Seu Reino de Amor e Verdade.

Papa Bento, a Aliança te ama!

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