Nossos fundadores completam 37 anos de sacerdócio
Numa entrevista para a Revista da Aliança, Pe. Antonello Cadeddu (Pe. AC) e Pe. João Henrique (Pe. JH) contaram como foi o início do chamado ao sacerdócio e a trajetória até aqui.
Como descobriu o seu chamado ao sacerdócio?
Pe. JH: Quando recebi Jesus Eucarístico na primeira comunhão. “Engoli Jesus e Ele me engoliu”. Senti que valia a pena dar a vida, era uma alegria muito grande levar essa alegria da Eucaristia para outros que ainda não a conheciam.
A partir de que idade começou a sua experiência com Deus?
Pe. AC: A minha experiência com Deus começou desde criança. Lembro que minha mãe arrumava todos os filhos para a missa aos domingos, íamos todos juntos e em nossa casa nos reuníamos para a oração do terço.
Na juventude, comecei a estudar medicina e a trabalhar com venda de remédios. Aos poucos fui descobrindo a palavra de Deus e comecei a me questionar sobre o que pretendia para minha vida.
Revista: Fale sobre o significado do seu nome e da sua palavra de vida?
Pe. AC: Quando resolvi entrar para o Seminário dos Xaverianos, onde estudei filosofia e teologia, pedi a Chiara Lubich (Fundadora do Movimento dos Focolares), um nome de consagração, Ela respondeu: Antonello de Jesus Crucificado e Abandonado.
Sinto nesse nome que devo sempre estar com Jesus Abandonado. Sempre amei o Espírito Santo e o desejo de evangelizar e anunciar o Amor que tudo pode. Por isso, escolhi a Palavra: “Ide a todo mundo e anunciai o evangelho” Mc 16,15 como base para minha vida e meu sacerdócio.
No ano de 1995, descobri os carismas e a força que tinha sobre a vida das pessoas e sobre minha vida. E foi nessa época que experimentei pela primeira vez o repouso no Espírito.
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Revista: O que caracterizou seu chamado nesses anos de sacerdócio?
Pe. JH: Eu sempre caracterizei o sacerdócio como fonte e ápice da entrega. Aos meus dezoito anos, Chiara Lubich, confirmou essa experiência dando-me a palavra de vida, I Reis 19,8 “Levantou-se, comeu e bebeu e, depois, sustentado por aquela comida, caminhou quarenta dias e quarenta noites até a montanha de Deus, o Horeb.”
A Eucaristia foi o sustento da minha vida. Ainda jovem o Pe. Emiliano Tardif, sacerdote carismático, cujo processo de beatificação foi aberto, deu-me a mesma confirmação. O Senhor havia despertado todos os dons e graça pela Eucaristia.
Revista: Como foi o dia da sua ordenação e como é celebrar mais um ano de sacerdócio?
Pe. AC: Fui ordenado às 15h na Igreja Catedral de Chioggia. Foi uma celebração muito forte e participativa.
Eu tinha grandes chances de não ser ordenado padre, pois tinha saído de uma congregação religiosa como diácono, e precisava de um bispo que confiasse em mim para me ordenar padre.
Verdadeiramente, foi tudo dom de Deus porque, embora Dom Sennen Corra me conhecesse há pouco tempo acreditou nos meus desejos e convicções. Ele, seguramente movido pelo Espírito Santo, acreditou no meu caminho e na minha pessoa.
À caminho do altar para receber a imposição das mãos e ajoelhando-me na frente do Bispo e dos padres, pedi para Jesus o dom de viver minha Palavra de vida indo ao mundo inteiro para anunciar, proclamando as maravilhas de Deus e usando os dons do Espírito.
Ele é um Deus que sempre escuta os pedidos dos Seus filhos. Tudo está se realizando! Jesus me pediu para começar uma obra com Pe. João Henrique e por dom d’Ele, continuamente viajo pelo mundo para anunciar o seu Amor a cada pessoa. Em tudo seja glorificado o nosso Senhor!
Revista: Que sentimentos nasceram em seu coração depois desses anos?
Pe. JH: Tenho sentimento de gratidão e desejo de recomeçar sempre, tudo de novo. Só posso louvar a Deus nesses anos por sua fidelidade que me sustenta.
Nunca me arrependi de responder ao seu chamado, pois só posso me arrepender de ter sofrido pouco pelo Senhor. Jamais imaginei que o meu sim de criança pudesse ter tanta importância para que o Senhor, em sua misericórdia, a tornasse tão fecunda perante a minha miséria.
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