Missão
A missão do Movimento Aliança de Misericórdia é tornar-se uma expressão viva do amor misericordioso, que brota do coração do nosso Deus através da sua Igreja, para com os mais pobres materialmente e espiritualmente.
Tal missão está sintetizada no lema Evangelizar para Transformar, transformando todo evangelizado em evangelizador e testemunha da Misericórdia.
Por isto a família Aliança de Misericórdia acolhe e une as forças de homens e mulheres, celibatários e casados, leigos e clérigos, que, de várias formas e níveis, chamados por Deus, tornam-se “filhos da Misericórdia”, para evangelizar “as ovelhas perdidas” (cf. Lc 15,4-7), confiantes na potência do Espírito Santo, realizando todas as obras de Misericórdia que as próprias forças permitirem.
Assumimos, por isso, um compromisso específico de evangelização “Ad Gentes”, entrando em todos os bolsões de miséria, dos “porões da nossa humanidade”, segundo as indicações do documento Redemptoris Missio (Encíclica de João Paulo II, 1980):
- Âmbitos territoriais da Missão “Ad Gentes” propriamente dita;
- Mundos e fenômenos sociais novos: megalópoles, grupos humanos mais isolados e marginalizados, jovens, pobres;
- Áreas culturais, ou modernos areópagos: o mundo das comunicações, da cultura, da política, da economia, o “ressurgimento religioso”.
Toda atividade apostólica visa sempre animar as comunidades cristãs para que assumam a própria missão fazendo de cada batizado um “missionário Ad Gentes”.
Os três rostos
Viver “Como” – “Com” – “Para” os Pobres
Os irmãos internos da Comunidade de Vida, respondendo ao próprio chamado específico, podem assumir três diferentes formas de pobreza e de vida fraterna.
As três formas de fraternidade expressam a radicalidade da única escolha de consumir todas as nossas forças e até a nossa própria vida para evangelizar.
“Pois é a Caridade de Cristo que nos impele” (cf. 2 Cor 5,14) para tornar-nos tudo para todos, a fim de salvar alguns a todo custo (cf. 2 Cor 9,19-23).
Fraternidade Belém: “COMO” os Pobres
Estas fraternidades são chamadas a manifestar a Misericórdia na radical proximidade e inserção no meio dos mais pobres no sentido material, tornando se “COMO” os pobres, inseridas nos “bolsões” de pobreza.
A missão da fraternidade Belém é, portanto, o anúncio da Boa Nova (cf. Lc 7,22) aos mais pobres dos pobres, a partir dos pobres, com os meios dos pobres (cf. Lc 6,20-22), fazendo com que nasça Jesus no meio deles, como aconteceu historicamente em Belém.
A alma desta fraternidade é caracterizada pelo mistério do “esvaziamento” que define a inserção.
É a “kenosis” da encarnação; o descer assumindo a condição de servo que se torna em tudo semelhante aos pobres, na fraqueza, na cultura, no trabalho, no respeito do tempo deles (cf. Fl 2,6-11).
Fraternidade Nazaré: “COM” os pobres
Estas fraternidades são caracterizadas pela convivência “COM” aqueles que são chamamos de “filhos da Aliança”: irmãos abandonados, ex-moradores de rua, órfãos, marginais, ex-presidiários.
Ovelhas perdidas que buscamos em todos os abismos do mundo com a mesma paixão do Bom Pastor (cf. Lc 15, 4-7).
A alma desta fraternidade é constituir uma mesma família entre os irmãos internos e os acolhidos à imagem da simplicidade da vida de Nazaré, para curar com o bálsamo do amor familiar e com os carismas do Espírito “Paráclito”, as suas feridas.
A missão da fraternidade Nazaré é reatar os laços outrora rompidos com a sociedade e com a própria família de origem, levando estes irmãos a uma plena reinserção social.
Fraternidade Cenáculo: “PARA” os Pobres
Estas fraternidades vivem a pobreza como sobriedade de vida. São chamados ao ministério de anúncio e como elo de conjunção entre pobres e ricos.
São harmoniosas, para que, na sobriedade, ricos e pobres se sintam bem acolhidos, e os ricos possam encontrar na fraternidade e na comunhão com os pobres o tesouro escondido do evangelho (cf. Mt 13,44).
A missão da Fraternidade Cenáculo é caracterizada então, por um incansável trabalho “PARA” os pobres, para que todos experimentem, na comunhão recíproca, a unidade que atrai o Espírito Santo como novo Pentecostes de Misericórdia.
A alma da fraternidade é caracterizada pelo ardente desejo de buscar sempre a experiência dos discípulos à espera da vinda do Espírito Santo (cf. At 1,13-14), para evangelizar com ardor e com todos os dons e carismas do Espírito.
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