Golpe do Tinder: Quando a busca pelo prazer mata o amor

 Fevereiro é um mês muito interessante para falarmos sobre o amor e sobre o hedonismo (busca exagerada do prazer). Isso porque celebramos São Valentim, padroeiro dos namorados, e também temos o carnaval, festa conhecida como a festa da carne.

O “Golpe do Tinder” tem ficado famoso por se tornar cada vez mais comum e por fazer vítimas em diversos lugares do Brasil. O golpe consiste no ato de criminosos que entram em aplicativos de relacionamento, como o Tinder, passando-se por mulher (ou homem), e marcando encontros românticos. A vítima comparece ao local indicado e quando chega é rendida pelos criminosos que a sequestram e roubam.

Nos últimos meses diversos casos foram relatados, pessoas que perderam muito dinheiro, foram humilhadas e, em alguns casos, até morreram nas mãos de criminosos.

O padrão é sempre o mesmo: a vítima conhece uma pessoa muito atraente pelo app, conversa pouco, não se aprofunda no conhecimento, e marca um encontro. Aí então é surpreendida pelos bandidos.

A triste situação levanta um grande alerta, principalmente sobre a cultura dos relacionamentos rápidos e descartáveis, dos encontros “casuais”, e sobre como a busca desenfreada por prazer tem levado dezenas de pessoas ao sofrimento.

Quando se busca o prazer pelo prazer, tentando conseguir o máximo de satisfação com o mínimo de esforço, em geral, os resultados são a depravação, a imoralidade, a indiferença, a depressão e, em algumas situações, estão cercados de prejuízos físicos e psicológicos.

O “Golpe do Tinder” é um triste retrato da sociedade hedonista. No entanto, há anos, muito antes de existir o Tinder, já víamos no Carnaval uma grande explosão do hedonismo, da imoralidade, onde o sexo se torna casual, a criminalidade e os golpes aumentam, bem como a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.

Essa cultura do descartável, do culto ao corpo e da busca por prazer tem destruído há anos as pessoas. Não vemos mais o outro como alguém que precisamos amar, mas como um objeto para usar e obter prazer e depois descartar.

Isso é exatamente o oposto do que São Valentim ensinava. Ele ganhou fama por ensinar e por lutar pelo amor verdadeiro, um amor constante, permanente e que doa a vida, como Cristo pela Igreja. Em detrimento, hoje, a necessidade de cumprir os desejos ou saciar a sede de prazer acaba gerando diversas perdas, inclusive a da vida.

A busca pelo prazer mata o amor, pois não olha para o outro, mas somente para si. Não buscamos a felicidade do outro, mas somente a própria, e assim conquistamos não o amor, mas o sofrimento, o vazio. Terminamos com a sede de um amor verdadeiro, amor esse que só encontramos quando olhamos primeiro para a cruz e entendemos que nela está o verdadeiro amor.

Só amaremos o outro de verdade quando aprendermos a olhar para a cruz e amar como Nosso Senhor nos amou. Assim saciaremos nossa sede e nossa busca pelo amor, não no prazer, mas na entrega e na doação para a felicidade do próximo.

 

Que São Valentim interceda por nós!

 

São Valentim – O Amor é uma decisão

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