Arte Sacra no coração de São Paulo

História da Arte

O Museu de Arte Sacra de São Paulo faz parte de um dos mais importantes monumentos arquitetônicos coloniais paulistas do século 18 – o complexo do Mosteiro da Luz.

Fundado e construído por Frei Antônio de Sant’Anna Galvão, em 1774, no coração da cidade de São Paulo. Considerada um dos mais principais monumentos arquitetônicos coloniais do Estado, preserva a construção da taipa de mão e taipa de pilão.

Mosteiro da Luz em 1862
Mosteiro da Luz em 1862 Foto:Wikipedia.

A coleção inicial do museu foi organizada e sistematizada por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que a partir de 1907, é inaugurado o Museu da Curia, que continuou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República.

Em 1907, que continuou a recolher peças provenientes do interior paulista e acomodar os acervos das várias igrejas da capital demolidas ao longo da primeira metade do século 20.

Com objetivo de criar o Museu de Arte Sacra de São Paulo, o governo de são Paulo, através de seu governardor Abreu Sodré e do seu Secretário da Fazenda, Luís Arrobas Martins, aprovaram junto ao cardeal Agnelo Rossi o convênio entre o governo e a Arquidiocese e, em 29 de junho de 1970, foi aberto à visitação pública.

Na década de 1970, foi firmado um convênio entre a Mitra Arquidiocesana de São Paulo e o Governo do Estado de São Paulo, iniciando uma política de aquisições para a ampliação do acervo original.

Ao acervo inicial, juntou-se um conjunto de imagens e pinturas transferidas pelo governo do estado do Museu do Ipiranga e outras peças sacras adquiridas no mercado de arte por Luís Arrobas Martins, além disso, o Museu de Arte Sacra recebeu doações de artistas, colecionadores particulares e empresários.

Santa Madalena (Iconografia da Paixão)
Santa Madalena (Iconografia da Paixão), Itu, século XVIII. Foto: Wikipedia.

OBRAS

Atualmente, o conjunto detém cerca de 4 mil peças, provenientes das principais igrejas e capelas do Brasil, abrangendo do século 16 ao 20, além de obras de arte sacra de outros países.

As coleções dividem-se entre imaginária sacra, prataria e ouriversaria religiosas, telas, mobiliário, retábulos, altares, vestimentas sacras e livros litúrgicos raros, que transformam o Museu de Arte Sacra de São Paulo no maior do gênero no país.

Entre seu importante acervo, destacamos obras de Antonio Francisco Lisboa, o “Aleijadinho”, Frei Agostinho da Piedade, Frei Agostinho de Jesus, Manuel da Costa Athayde e Padre Jesuíno do Monte Carmelo, telas de Benedito Calixto e Anita Malfatti.

O Museu de Arte Sacra também possui a segunda maior coleção de lampadários do mundo, atrás somente daquela ao Vaticano, a coleção de ícones russos, a coleção de relicários e sacrários, a coleção de numismática, composta por 9 mil peças, sendo moedas do período colonial e medalhas pontifícias.

Um passeio pela história

A instituição ainda conserva a seção denominada Museu do Presépio, um dos mais raros conjuntos desse gênero no mundo, abrigando 190 singulares conjuntos presepistas, originários de diversos países e regiões do Brasil e produzidos em técnicas diferenciadas.

Além de promover exposições temporárias e atividades educativas e culturais, presta auxílio e atendimento a pesquisadores e mantém publicações especializadas. Abriga ainda uma rica biblioteca, com publicações, documentos e obras raras datados de princípios do período colonial.

O prédio também é o lugar de recolhimento das Irmãs Concepcionistas que ainda hoje dedicam seus dias à oração e ao trabalho e vivem em clausura. São elas as responsáveis por confeccionar as famosas pílulas milagrosas do Frei Galvão.

O “santo remédio” é distribuído das 9h às 17h na igreja arquitetada e construída com ajuda do próprio frei.

Texto extraído do História das Artes

Museu de Arte Sacra de São Paulo, avenida Tiradentes, 676, Luz, São Paulo, SP. Terça a domingo, das 9h às 17h. Fechado às segundas. Sábado gratuito. Demais dias R$ 6,00 (estudantes pagam meia). Isentos: idosos acima de 60 anos; crianças até 7 anos; professores da rede pública (com identificação) com até 4 acompanhantes. Metrô: Estação Tiradentes. Estacionamento gratuito na rua Jorge Miranda, 43. O estacionamento possui bicicletário e vagas exclusivas para idosos e deficientes.

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