Pentecostes e Avivamento
A experiência de Pentecostes nos dá nova direção, nos convida ao “nascer de novo” morrendo para o pecado, a vivermos pelo Espírito configurados a Jesus. O trigo está maduro, somos a colheita do Senhor!
Uma festa judaica
Quando olhamos o evento de Pentecostes logo pensamos que seja uma festa cristã e da cena bíblica; todos os seguidores de Jesus reunidos em oração, receberam o Espírito Santo, que desceu sobre eles como línguas de fogo.
Porém, para entendermos a profundidade desta Solenidade precisamos entendê-la a partir de sua origem. Desejo falar da Festa judaica de Shavuôt (Semanas) ou Pentecostes em grego.
Era celebrada entre maio e junho cinquenta dias após à Pessah (Páscoa). Nesta festa os judeus agradeciam a Deus pela boa colheita, por isso, ofereciam alimentos feitos com as primícias, como por exemplo pães, não mais ázimos (sem feremento), mas levedados.
“A partir do dia seguinte ao sábado, desde o dia em que tiverdes trazido o molho para ser agitado, contareis sete semanas completas. Contareis cinquenta dias até o dia seguinte ao sétimo sábado, e apresentareis ao Senhor uma nova oferta.
Trareis de vossa casa dois pães feitos de dois décimos de flor de farinha, cozidos com fermento, para agitá-los como oferta; são as primícias do Senhor.
Oferecereis com o pão em holocausto ao Senhor sete cordeiros de um ano, sem defeito, um novilho e dois carneiros, acompanhados da oferta e da libação: este será um sacrifício de agradável odor ao Senhor”. (Lv 23, 15-18)
O amadurecimento da Fé
Por se tratar de uma festa onde se oferta o trigo novo, ou melhor, os pães feitos com a flor da farinha, podemos fazer uma analogia com o nosso caminho para o amadurecimento de fé.
Quando assumimos a fé em Cristo, morremos com Ele para viver com Ele. Nascemos de novo, como aquela mesma experiência de Nicodemos. Pensemos no nascimento de uma criança; no início ela precisa de cuidados, de alimento leve, ajuda para engatinhar, andar e por fim, chegar a autonomia.
Nossa fé é este processo. É significativo o Espírito Santo descer justamente na Festa judaica de Pentecostes, enquanto o povo celebrava a abundancia dos frutos dados pela terra e os ofereciam a Deus.
A Festa Cristã
O Pentecostes não pode ser entendido como uma experiência de entusiasmo passageiro, aquela de sentir o nosso coração arder e em pouco tempo nos tornar mornos. Não!
A experiência de Pentecostes nos dá nova direção, nos convida ao “nascer de novo” morrendo para o pecado e a vivermos pelo Espírito configurados a Jesus. O trigo está maduro, somos a colheita do Senhor.
Não há mais tempo para vivermos sobre efeito de entusiasmos, a Igreja espera pelo teu testemunho.
O Papa Francisco, em suas catequeses, nos tem orientado a fugir do dualismo que resulta em comportamentos mundanos por parte dos cristãos que dizem uma coisa e fazem outras. O cristão que não progride, regride.
Portanto sejamos autênticos e peçamos ao Espírito Santo que imprima em nós a vida de Cristo para que Ele permaneça em nós e nós permaneçamos n’Ele.
Os abençoo,
Padre Andre Jefferson
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