Nesta sexta-feira, 7 de fevereiro, foi lançado o oitavo episódio da série “Santidade Brasileira”, dedicado à vida e ao legado de Padre Rodolfo Komórek, um sacerdote salesiano cuja vida foi marcada pelo amor à oração, pelo espírito missionário e pelo cuidado com os enfermos e mais necessitados.

Padre Rodolfo nasceu em 11 de outubro de 1890, em Bielsko-Biała, na Polônia. Desde jovem, sentiu um forte chamado ao sacerdócio e foi ordenado padre em 1913. Durante a Primeira Guerra Mundial, serviu como capelão militar, consolando soldados e atendendo espiritualmente os feridos. Sua fé e dedicação chamavam a atenção, e ele passou a ser conhecido como um padre santo ainda em vida.

Movido por um desejo missionário, em 1924, entrou para a Congregação Salesiana e veio para o Brasil. Seu primeiro destino foi o sul do país, onde trabalhou entre imigrantes poloneses e alemães. Depois, foi enviado para Luiz Alves (SC), onde exerceu intensa atividade pastoral. Mais tarde, passou por Lavrinhas (SP), onde se tornou professor e confessor no Seminário Salesiano. Foi lá que começou a enfrentar os primeiros sintomas da tuberculose, doença que o acompanharia até o fim da vida.

Mesmo debilitado, Padre Rodolfo nunca deixou de atender as pessoas. Sua pequena cela no seminário se tornou um refúgio espiritual para muitos que buscavam consolo, direção e oração. Conhecido por sua vida de penitência e profunda espiritualidade, passava noites inteiras rezando, muitas vezes de joelhos no chão de madeira. Ele acreditava que a oração e o sacrifício eram formas de interceder pela conversão e salvação das almas.

O “padre santo”, como era chamado por muitos, tinha diversos dons extraordinários, dentre eles, o de caminhar na chuva sem se molhar, levitar durante a celebração da Santa Missa, a previsão de consciência durante o atendimento de confissões e o de estar em dois locais ao mesmo tempo, a chamada “bilocação”. Mas o que fez dele santo, na verdade, foi a vivência radical do Evangelho de Jesus Cristo.

Padre Rodolfo faleceu em 11 de dezembro de 1949, em São José dos Campos (SP), onde foi sepultado. Seu túmulo se tornou um local de peregrinação, e inúmeros relatos de graças alcançadas começaram a surgir.

O processo de beatificação e canonização

A fama de santidade de Padre Rodolfo cresceu rapidamente após sua morte, especialmente entre os fiéis de São José dos Campos, onde seu testemunho deixou marcas profundas. Em 1964, seus restos mortais foram transferidos para a Paróquia Sagrada Família, tornando-se um local de oração e devoção.

Seu processo de beatificação foi oficialmente aberto em 1992 e, em 6 de abril de 1998, o Papa João Paulo II o declarou Servo de Deus, primeiro passo rumo à canonização. Em 9 de junho de 2017, o Papa Francisco reconheceu suas virtudes heroicas, concedendo-lhe o título de Venerável. Atualmente, a Igreja aguarda o reconhecimento de um milagre atribuído à sua intercessão para que ele possa ser beatificado.

Neste episódio, você acompanha depoimentos de Rômulo de Pádua Paula, Padre Maurício Miranda, Thanise Crispim e Simone Delboux, que compartilham histórias sobre como a vida e a devoção a Padre Rodolfo continuam a tocar corações e inspirar uma fé mais profunda.

Assista agora no canal da Aliança de Misericórdia no YouTube e conheça mais sobre este sacerdote que viveu para Deus e para o próximo.