Jesus chamou aqueles que quis
O chamado
Este sagrado Concílio, seguindo os passos do Concílio Vaticano I, com ele ensina e declara que Jesus Cristo, pastor eterno, edificou a Igreja enviando os apóstolos como Ele fora enviado pelo Pai (Jo 20,21); e quis que os sucessores deles, os bispos, fossem pastores na sua Igreja até ao fim dos tempos.
Mas, para que o mesmo episcopado fosse uno e indiviso, colocou o bem-aventurado Pedro à frente dos outros apóstolos e nele instituiu o princípio e fundamento perpétuo e visível da unidade de fé e comunhão. (…)
O Senhor Jesus, depois de ter orado ao Pai, chamando a Si os que Ele quis, elegeu doze para estarem com Ele e para os enviar a pregar o Reino de Deus (Mc 3,13-19; Mt 10,1-42); constituiu estes apóstolos em colégio, ou grupo estável, e deu-lhes como chefe Pedro, escolhido de entre eles (Jo 21,15-17).
Enviou-os primeiro aos filhos de Israel e, depois, a todos os povos (Rom 1,16), para que, participando do seu poder, fizessem de todas as gentes discípulos seus e as santificassem e governassem (Mt 28,16-20; Mc 16,15; Lc 24,45-48; Jo 20,21-23), e deste modo propagassem e apascentassem a Igreja, servindo-a, sob a direção do Senhor, todos os dias até ao fim dos tempos (Mt 28,20).
A missão
No dia de Pentecostes, foram plenamente confirmados nesta missão (At 2,1-26), segundo a promessa do Senhor: “Recebereis a força do Espírito Santo que descerá sobre vós, e sereis minhas testemunhas em Jerusalém e em toda a Judeia e Samaria, e até aos confins da terra” (At 1,8).
E os apóstolos, pregando por toda a parte o Evangelho (Mc 16,20), recebidos pelos ouvintes graças à ação do Espírito Santo, reúnem a Igreja universal que o Senhor fundou sobre os apóstolos e levantou sobre o bem-aventurado Pedro, seu chefe, sendo Jesus Cristo a suma pedra angular (Ap 21,14; Mt 16,18; Ef 2,20).
A missão divina confiada por Cristo aos apóstolos durará até ao fim dos tempos (Mt 28,20), uma vez que o Evangelho que eles devem anunciar é em todo o tempo o princípio de toda a vida na Igreja.
Concílio Vaticano II
Constituição Dogmática sobre a Igreja, “Lumen Gentium”, §§ 18-20
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