Defenda seu filho da falsa educação
No mês de julho de 2017, em Belo Horizonte, 125 pais de alunos do Colégio Santo Agostinho, através de uma notificação (abaixo-assinado), exigiram a retirada de material sobre sexualidade e gênero da grade curricular, afirmando que, abordar constantemente temas como, masturbação, homossexualidade, prostituição, podem trazer consequências nefastas para a vida dos filhos.
Contra a autoridade dos pais
No site O Tempo, a notícia foi abordada e para ter um retorno rápido da opinião dos leitores sobre o assunto, pediam que respondessem a pergunta: “Você é a favor ou contra o ensino de conteúdo relacionado a gênero e sexualidade para alunos de até 10 anos de idade no ensino fundamental“? Atualmente 55% opinaram contra.
Em resposta ao abaixo-assinado, foi publicada no mesmo site, uma carta, escrita pelos alunos do 3°ano do ensino médio, contestando a posição dos pais, dizendo que suas preocupações são “pueris” e os materiais didáticos não deveriam chocá-los. Lendo a carta, escrita de forma culta, citando Luiz Fernando Veríssimo, dá para desconfiar que, a edição passou pelo crivo de algum professor.
O que podemos constatar é, na prática, o que alguns pensadores chamam de doutrinação. Sim! A educação hoje serve para doutrinar as crianças e jovens para terem determinado tipo de comportamento, pensamento e ação, com a ilusão de estarem sendo autênticos e pensando por si próprios.
Os jovens não reconhecem mais a autoridade dos pais invertendo os papéis; a escola deveria ensinar, mas educar, cabe a cada pai e mãe. Os alunos, ao escreverem esta carta dizem aos pais “não reconhecemos em vocês autoridade nenhuma sobre nossa educação“.
É um assunto complexo de se abordar, mas, de maneira muito simples, tentaremos explicar como este processo se iniciou, porque e como chegou até este ponto.
Querem destruir a família. Por quê?
Segundo o Pe. Dr. José Eduardo, para entendermos o caos que vivemos hoje, com relação a identidade sexual, temos que entender o pensamento de um homem chamado Karl Marx. Ele, quis encontrar uma causa para desigualdade social e começou seus estudos.
Primeiro escreveu o “Manifesto Comunista” e depois “O Capital” (este último inacabado), cada um fazendo uma abordagem diferente; o primeiro faz uma análise sociológica e o segundo, uma econômica da sociedade.
A conclusão foi: a origem da desigualdade é a sociedade patriarcal, a existência da propriedade privada que dá origem à família.
Apoiado numa pesquisa (Morgan)[1] sobre o comportamento do ser humano nos primórdios, Marx entende que os homens e mulheres primitivos, tinham o comportamento sexual livre, ninguém sabia quem era o pai e não existia família; todos eram iguais e tinham maior liberdade.
Em um determinado momento da história, o macho se impôs à fêmea, quis tê-la para si e aos seus filhos como sinal de poder, tomando-os por sua propriedade, dando assim às primeiras famílias.
Ideologia está distante da realidade
Para Marx a sociedade perfeita, livre, surgiria mediante um preço; a destruição da família, sendo ela uma estrutura endemicamente perversa e causa de todo comportamento opressor.
Seu companheiro de estudos, Engels, tomou seus escritos e desenvolveu ainda mais seus pensamentos, escrevendo “A origem da família e da propriedade privada”, concluindo a teoria do pensamento comunista, colaborando na conclusão de “O Capital”.
Eles entendiam que o preço para a implantação de uma sociedade, livre e igualitária, seria a destruição da família. [2]
A primeira tentativa de instaurar o comunismo, foi feita por Lênin (1917)[3], porém, quando se deparou com uma possível destruição da instituição familiar, deu um passo atrás.
Mesmo com o fim da URSS (União Socialista Soviética), a teoria de uma sociedade livre de estruturas havia saltado barreira e inflamado espíritos de revolução pelo mundo a fora.
Um exército de intelectuais contra a família
Pensadores, sociólogos e filósofos abraçaram o ideal da revolução e tiveram brios para enfrentar o seu maior inimigo. Viram que, pela via da educação, a revolução seria aceita com facilidade de maneira lenta, mas eficaz. Eles pensaram: vamos libertar as classes mais oprimidas, as pessoas que mais sofrem, as minorias; vamos libertar a mulher, sem ela, a família se desfaz.
As teorias feministas nasceram daí. Não tirando as boas coisas que nasceram daí, mas tiveram ideias que trouxeram o caos para o núcleo familiar.
A escritora Shulamith Firestone escreveu a obra mais polêmica na linha feminista, “A Dialética do sexo”. Ela diz:
“Deve haver uma libertação da mulher da tirania biológica. A mulher não vai mais ser mãe e nem educadora. Atacamos a família em frente dupla…nós a destruiremos ainda mais…todas a instituições que segregam sexo sejam destruídas…assim chegaremos à liberdade, para que todas as mulheres e crianças usem a sua sexualidade como querem. Sejam permitidas todas as formas de sexo”.
A partir daí, a teoria se desdobra de uma maneira incrível e assustadora, com o objetivo claro de destruição da família. Esta mesma autora, fala que a criança, pode preferir manter relação sexual com outra criança, ou com um adulto, visto que o tabu da pedofilia e do incesto não exista mais, uma mãe ou um pai poderia ter relações com seus filhos como expressão de liberdade.
Judith Butler escreve “Gênero em conflito” e diz que, é preciso transformar a identidade em algo solúvel e transformar isso em objetivo político.[4] Entrando a ideologia de gênero na legislação ela fica obrigatória, deve entrar na agenda da escola como necessário para educar o cidadão.
É agora, nos tempos atuais, que a família (sua estrutura e conceito) enfrentam sua maior batalha. Então, que tipo de família você quer?
[1] http://brasilescola.uol.
[2] http://www.suapesquisa.
[3] https://www.ebiografia.
[4] http://www.pge.sp.gov.br/
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