Aliança de Misericórdia participa do Jubileu das Novas Comunidades no Vaticano

Entre os dias 7 e 9 de junho, o Vaticano recebeu milhares de fiéis de diversas partes do mundo para o Jubileu das Novas Comunidades, promovido pela Igreja como parte do Ano Santo. A Aliança de Misericórdia esteve presente com um grupo de 12 missionários atuantes na Itália, vindos de Roma e da Sardenha, além da presença do Padre Henrique, fundador do Movimento. O encontro, marcado pela celebração de Pentecostes, reuniu cerca de 70 mil pessoas na Praça São Pedro.

A vigília do sábado (7), presidida pelo Papa Leão XIV, teve como ponto central a leitura do Evangelho de Lucas 4, texto que é constitutivo do carisma da Aliança de Misericórdia. Nele, Jesus proclama: “O Espírito do Senhor está sobre mim…”. A meditação do Papa refletiu sobre a missão cristã de viver a unidade e anunciar o Reino de Deus, mesmo em meio aos desafios contemporâneos.

“Estamos envolvidos nas coisas novas que Deus faz, para que sua vontade de vida prevaleça sobre os desejos de morte”, declarou o pontífice durante a homilia. Leão XIV destacou ainda a importância de um caminho de reconciliação: “A paz voltará se agirmos como peregrinos, não mais como predadores”.

Uma experiência de Pentecostes no coração da Igreja

Para Hellena da Cruz, missionária de vida da Aliança, a participação foi marcada por uma profunda experiência espiritual:

“Estar no jubileu foi uma explosão interior. A praça estava cheia, o clima era o de Pentecostes. Ver a força dos movimentos na Igreja me fez lembrar os Atos dos Apóstolos. E o mais marcante foi ouvir o Evangelho de Lucas 4, nossa palavra constitutiva, proclamado na vigília. Era como se Deus estivesse reafirmando nosso chamado ali mesmo”.

Durante os dois dias, o grupo da Aliança encontrou diferentes oportunidades de evangelização. Um dos momentos mais fortes relatados por Hellena aconteceu fora da Praça São Pedro, nas ruas de Roma:

“Encontramos uma mulher brasileira em situação de prostituição. Oramos com ela, e ela teve uma forte experiência de Deus. O Pentecostes se manifestou ali também”.

Outro momento comovente foi a bênção do Papa ao pequeno Giuseppe, filho de um casal da Aliança na Sardenha, durante a passagem do papamóvel:

“O Papa parou bem na nossa frente, abençoou nosso filho. Foi uma alegria imensa”, compartilhou Henrique Mioto, missionário de aliança e pai de Giuseppe. “Essa foi uma das muitas experiências que nos mostraram que, mesmo com tantos movimentos diferentes, há uma única missão: evangelizar com unidade.”

Celebrações, reencontros e sinais

O grupo da Aliança participou da missa de Pentecostes no domingo (9), onde o padre João Henrique teve a oportunidade de concelebrar com o Papa. No dia anterior, ele também celebrou em uma igreja significativa de sua história pessoal — o local onde recebeu sua primeira comunhão e vocação sacerdotal.

“Foi muito simbólico voltar ali como padre, especialmente dentro do contexto do Jubileu das Novas Comunidades”, comentou Hellena. “A emoção tomou conta de todos.”

Os encontros também foram marcados por reencontros inesperados e testemunhos da força do carisma da Aliança. Após a missa, uma senhora reconheceu a bandeira do Brasil e contou que seu tio havia sido acolhido em uma das casas da Aliança, onde faleceu em dignidade:

“Em meio a 70 mil pessoas, encontrar alguém com essa história foi um sinal da força de Deus cruzando caminhos”, disse Hellena.

A missão da Aliança na Itália

A Aliança de Misericórdia mantém presença missionária na Itália, especialmente na região da Sardenha, com atuação em cidades como Cagliari, Quartu, Sinnai e Oristano. Em Roma, o movimento também conta com um núcleo ativo. A missão concentra-se principalmente entre os jovens, diante de um contexto de crescente indiferença religiosa, ateísmo e problemas sociais como o uso de drogas e o suicídio. A atuação missionária se dá por meio de evangelização direta, acompanhamento espiritual e ações concretas de resgate e reintegração social.

Unidade na diversidade

Henrique Mioto destacou a importância do Jubileu como um testemunho da complementaridade entre os movimentos:

“Perceber tantas realidades distintas, de países diferentes, com línguas diferentes, mas movidas pelo mesmo Espírito, é entender que a Igreja precisa de todos nós. Não jogamos por times separados. Somos um time só, evangelizando juntos.”

A participação no Jubileu das Novas Comunidades foi, para os missionários da Aliança, um tempo de fortalecimento da identidade e renovação da missão. Como expressou o Papa Leão XIV, “onde está o Espírito do Senhor, aí está a liberdade”. E foi nessa liberdade do Espírito que a Aliança de Misericórdia caminhou, em comunhão com toda a Igreja, anunciando, com palavras e ações, a Boa-Nova aos pobres, a libertação aos cativos e a esperança aos desesperançados.

Após a passagem por Roma, a missão seguirá para Gênova, Vale d’Aosta, Pádua e Veneza. Em cada cidade, os missionários devem realizar evangelizações, visitas a famílias, encontros com jovens e sondagens para futuras frentes missionárias.

 

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