Em 14 de fevereiro a Igreja celebra o dia de São Valentim e de São Valentim de Terni. Em diversas partes do mundo também se comemora o dia dos namorados, o Valentine’s day (dia de São Valentim, em tradução literal) por causa desses santos que são padroeiros dos casais de namorados.

Como estamos falando de dois “Valentins” diferentes, cada um deles possui uma história singular que os liga aos enamorados.

O primeiro São Valentim, conta-nos a tradição, viveu em Roma, no tempo do Imperador Cláudio II. Após sofrer diversas derrotas em batalhas, o imperador avaliou que o fato dos soldados serem casados fazia-os menos corajosos em e por isso proibiu o casamento de soldados.

São Valentim considerou injusta a ordem do imperador e por isso continuou celebrando casamentos escondido. Quando o imperador descobriu, mandou prender o santo. Em seu interrogatório, São Valentim disse que o matrimônio era uma união sagrada, um sacramento dado por Deus.

Já São Valentim de Terni foi um bispo que viveu no ano 197 em Terni, na Itália. Era conhecido por ser um exímio conselheiro e que reconciliou muitos namorados. Conta-nos a tradição que certa vez ele ouviu dois jovens namorados discutindo ao lado de seu jardim e foi até eles com uma das rosas do jardim nas mãos.

A visão do Santo acalmou os dois e depois São Valentim pediu que os dois segurassem o caule da rosa com todo cuidado para não se espetarem e explicou-lhes a beleza do sacramento do matrimônio e da união de corpos.

Disse ao casal: “As rosas são lindas, perfumadas, delicadas, mas tem espinhos. E elas não vivem sem espinhos. Assim também são as diferenças entre o casal. É preciso conhecê-las, respeita-las e tratá-las com delicadeza, para que nenhum dos cônjuges seja ferido. Agindo assim, serão felizes e as brigas desaparecerão”.  Pouco tempo depois, o bispo celebrou o casamento dos dois e ganhou a fama de casamenteiro.

O amor é uma decisão

Em suas homilias e ensinamentos em relação ao amor e ao matrimônio, os dois santos afirmavam a verdade já conhecida pela Igreja: o amor é mais do que um sentimento, é uma decisão.

O sentimento da paixão inicial tende a passar, mas a escolha de amar é aquela que permanece. Amar como Cristo amou a Igreja: amar é escolher se sacrificar pelo outro, tomar a cruz com alegria, servir e zelar pelo bem do outro.

O amor nos torna feliz por servir e cuidar da pessoa amada, se nos relacionamos para sermos felizes não amamos, pois o amor consiste em antes de tudo buscar fazer o outro feliz, buscar fazer o outro Santo, assim como Jesus fez com cada um de nós.

Como diz São Valentim, é necessário conhecer as diferença e defeitos da pessoa amada, e amar essas características entendendo que são como espinhos de uma rosa que somos chamados a cultivar.

Peçamos a intercessão de São Valentim e de São Valentim de Terni para termos um coração verdadeiramente capaz de amar.  Que eles possam interceder por todos os casais, para que sejam Santos em suas vocações.

Oração a São Valentim de Terni

“São Valentim, que semeastes a bondade, o amor e a paz na Terra, sede meu guia espiritual. Ensinai-me a aceitar os defeitos e as falhas do meu companheiro e ajudai-o a reconhecer as minhas virtudes e vocações. Vós, que compreendeis os que se amam e desejam ver a união abençoada por Cristo, sede nosso advogado, nosso protetor e nosso abençoador. Em nome de Jesus, amém!”

Oração de São Valentim para um novo amor

“São Valentim, patrono do amor, lance seus olhos bondosos sobre mim. Impeça que maldições e heranças emocionais de meus ascendentes e erros que tenha cometido no passado perturbem minha vida afetiva. Desejo ser feliz e fazer as pessoas felizes. Ajude-me a entrar em sintonia com minha alma gêmea, para que possamos desfrutar o amor, abençoados pela providência divina. Peço a tua intercessão poderosa, junto a Deus e Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém”.