Quem foi Maria Paola do Cordeiro Imolado

Maria Paola

Maria Paola da janela de seu quarto mostra o quadro de Nossa Senhora

Os cristãos não morrem, casam com Deus” (Maria Paola)

Maria Paola faleceu a 8 de junho de 2009 e a A Aliança de Misericórdia comemora a data por entender que a morte é um começo da vida eterna e agora ela é uma intercessora dessa família, junto aos demais irmãos que também já não estão mais entre nós.

Maria Paola, missionária consagrada celibatária, foi mãe, mulher e amiga. Antes de ser missionária, por sua paixão pelo mar chegou a cursar a faculdade de biologia, no desejo de contemplar as belezas da Criação sob as águas.

Em 1992 ingressou em uma Comunidade de origem italiana, onde se formou em teologia. Em 2000, junto aos padres João Henrique, Antonello e demais leigos, deu início a uma obra de Misericórdia para o mundo. Nasceu a Aliança de Misericórdia.

Através de algumas partilhas, esta página carrega o desejo de expressar a fertilidade dessa esposa de Cristo, que por suas escolhas e testemunho, continua a suscitar o desejo pela vida em muitos dos filhos de Deus.

Saiba mais em: Fundadores da Aliança de Misericórdia

A mãe

Maria Paola transmitia uma vida muito intensa. Vivia plenamente cada momento. Era mãe que acolhia os pobres, as crianças… Sua forma de acolher era o que mais cativava as pessoas. Tinha grande sensibilidade quanto à necessidade do outro e sabia cuidar de cada um de forma singular.

Maria com as crianças do oratório
Maria com as crianças do oratório.

Reconhecendo o valor materno, em seu último aniversário fez um pedido a Deus “que o Senhor gere a sua Maternidade nas nossas mulheres. Que elas sejam mães!”

“Ela tinha um amor especial pelos pobres. Fazia todos os esforços para ver os nossos acolhidos vestidos bem e em casas decentes. Em minha opinião, os pobres que a Maria Paola mais amava eram aqueles cuja miséria era interior e precisavam descobrir a riqueza de um Deus que os ama além dos títulos e dos rótulos.

Era apaixonada pelos pequenos da Comunidade. Buscava fazer com que eles pudessem ter espaço para serem considerados grandes e então superarem suas dificuldades.” Assim expressa Pe. Luiz Fábio, que a teve como formadora e orientadora espiritual por sete anos.

“Ela me ensinou que eu deveria ser quem era, com meus sonhos e meus desejos, buscando realizá-los”.

A mulher

Era uma “Mulher da Palavra, contemplativa e com os pés no chão,” como diz Pe. João Henrique, que enxerga essa característica como parte do Carisma da Obra:

“Para mim, esse amor da Maria Paola pela Palavra é um dos aspectos do Carisma que reflete sua alma. Ela saboreava, vibrava com a Palavra de Deus.”

Maria Paola na cerimônia dos vínculos ao lado de Dilson e Mary.

Com seu jeito simples, Maria Paola não deixava que a ordem e harmonia das coisas se perdessem. Gostava dos trabalhos da casa, de cultivar o jardim… Preocupava-se em vestir bem os missionários e a si, mesmo que de maneira humilde, pois desejava transmitir também através das roupas a beleza da consagração.

A artista

Maria Paola nos ensaios do espetáculo "Eu te fiz livre".
Maria Paola nos ensaios do espetáculo “Eu te fiz livre”.

Enquanto artista, era muito criativa e concretizava seu amor através música, dança, teatro, entre outras expressões artísticas. Alberto Carneiro, um de seus grandes amigos, sublinhou uma característica dela que muito o marcou:

“Maria Paola tinha o dom de mostrar a beleza de tudo onde ninguém conseguia ver.” Isso até mesmo no período da doença, quando se empenhou em fazer cartões usando folhas secas e outros materiais recicláveis.

Assim encontrou uma forma de continuar evangelizando e também de ajudar o Movimento com a venda deles.

A amiga

Maria Paola conversa com Cléia, uma das primeiras Vítimas de Misericórdia.
Maria Paola conversa com Cléia, uma das primeiras Vítimas de Misericórdia.

No início da Aliança, diante das inúmeras atividades, a tendência dos primeiros missionários sempre foi o ativismo. Maria, como amiga, tinha a capacidade de voltar o olhar de seus companheiros ao essencial.

“Tantas vezes, no começo tão difícil da Obra, eu, me sentindo fraco e incapaz, chegava Maria que me dizia ‘bem-vindo entre os mortais’. Em meio as minhas tentações ao ativismo e a agitação, brincava ‘Pe. João Henrique, deixa que Deus também faça alguma coisa na sua vida e na Comunidade’. (risos)”

Quando adoeceu fez de sua nova rotina uma oportunidade de evangelizar. Sua entrega impressionava os corações da equipe médica e até mesmo dos outros enfermos, que nela encontraram um conforto.

“Mesmo internada, sua atenção e cuidado com os demais no hospital foi uma marca. Ela mostrava que era uma pessoa de Deus sem ao menos precisar dizer uma só palavra como pregação. Vivia na presença do Espírito, tocava o coração dos que estavam por perto”, lembra Alberto Carneiro.

Dra. Lisete Teixeira, médica que a acompanhou, foi marcada por sua força e fé diante da dor nos últimos momentos.

“Sua serenidade na hora da morte e sua fé me fortaleceram. Me fez mais forte e convicta que estou no caminho certo: amar a Deus, ajudar o próximo e lutar com todas as minhas forças pelos meus irmãos mais carentes.”

Hoje, ao ser lembrada em partilhas, formações e livros, Maria Paola, como esposa de Jesus, ainda gera o desejo pela vida em muitos, como na jovem Driely Rocha, que ao conhecer a história devido a um trabalho, afirmou:

“Com ela aprendi que nada é nosso, tudo pertence Àquele que nos criou. Ela me mostrou que gratidão é a melhor forma de correspondermos ao amor de Deus. E hoje, graças a ela, diante de cada cruz que enfrento, sou capaz de dizer que Deus é bom e eu sou feliz!”

Saiba mais em: Fundadores da Aliança de Misericórdia

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