Nova beata e mártir da castidade, Ana Kolesárová

Beata Ana Kolesárová

O Cardeal Angelo Becciu presidiu na manhã deste sábado (01/9) em Košice, Eslováquia, o rito de Beatificação de Ana Kolesárová, uma jovem que, a exemplo de Santa Maria Goretti, morreu mártir por defender a sua pureza e castidade.

Quem Foi Ana?

Ana Kolesárová nasceu na cidade de Vysoká nad Uhom, Eslováquia, em 14 de julho de 1928, em uma família de agricultores. Sua mãe faleceu quando tinha dez anos. A menina adquiriu a fortaleza de Deus e aprendeu a fazer as tarefas de sua casa.

Ana contou com o apoio dos seus amigos e familiares, com os quais se dava bem, e se distinguia pelo seu lindo sorriso.

Ao crescer, sua beleza acompanhava a sua vida pura: além dos afazeres de casa, organizava peregrinações marianas com suas amigas, cuidava dos animais e gostava de colocar em sua cabeça uma coroa com dentes de leão.

O heroísmo de uma alma pura

Em 1944, o flagelo da Segunda Guerra Mundial atingiu a vida simples e alegre do seu povoado. Ana, que ainda não tinha 16 anos, começou a usar roupas pretas. Certo dia, um vizinho lhe perguntou o motivo e ela respondeu: “Tenho medo que os soldados vejam que sou jovem”.

Na noite anterior à sua morte, Ana foi à Missa para se fortalecer com a Eucaristia. Em 22 de novembro de 1944, os soldados chegaram para libertar a região, mas se comportavam como animais, enquanto davam a caça ao inimigo.

Um deles entrou na casa da família Kolesárová, cujos membros e outros moradores estavam escondidos no porão. O pai achou que o soldado estava com fome e pediu a Ana que lhe desse algo para comer.

A menina obedeceu, mas o soldado percebeu logo que, sob aquele manto escuro, não estava uma pessoa adulta, mas uma menina jovem, linda e pura.

Então o homem começou a pronunciar palavras obscenas e lhe disse: “Entregue-se ou morrerá imediatamente”.

A menina se negou, porque não queria cometer pecado. O soldado cheio de raiva apontou a arma para ela e gritou: “Diga adeus ao seu pai! Enquanto seu pai rezava, ouviu o grito da sua filha: “Adeus pai! Jesus, Maria, José”! Ana morreu no dia 24 de novembro de 1944, com a idade de 16 anos.

No dia seguinte, os habitantes do povoado construíram um caixão para colocar o cadáver da jovem mártir. Ela foi enterrada de noite, sem a presença de um sacerdote e nenhuma cerimônia fúnebre.

Atraído pela santidade

O sacerdote jesuíta Michal Potocký, natural do povoado de Vysoká, reuniu testemunhos sobre a vida e a morte de Ana e começou a divulgá-los.

Com a queda do regime comunista, a história da jovem começou a ser falada e conhecida até que em 1999, alunos de um colégio realizaram uma peregrinação e um retiro espiritual, até o seu túmulo, liderados por um sacerdote.

Estas peregrinações, chamadas de Peregrinações da Alegria, se tornaram frequentes e hoje cerca de 4 mil pessoas por ano passam pelo local onde Ana está sepultada. Os jovens são os que mais frequentam o local cuidando também de sua manutenção.

Muitos foram curados de feridas interiores de relacionamentos, depressão e viveram conversões autênticas; no santuário também se reza muito para que a beata ajude a encontrar a vocação e a reconstruir relacionamentos.

Muitos jovens dizem que lá conseguem de verdade encontrar uma alegria pura, perceber que seus corações podem confiar novamente nas pessoas. Um lugar onde podem chorar, sorrir e falar de seus sonhos.

Rezemos, pedindo a intercessão da Beata Ana para que os jovens de todo mundo possam encontrar a verdadeira Alegria de suas vidas: o Amor de Deus.

Segundo fonte de Vatican.va
Com informações de Anna Kolesárová.sk

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