Aliança de Misericórdia, um Sonho de Deus que se fez realidade no coração de São Paulo.
Nesse mês do Carisma, queremos fazer memória, relembrar a alegria de ser Aliança de Misericórdia e a essência do nosso carisma.
Veja também: Carisma e Missão da Aliança de Misericórdia
Como foi o primeiro retiro da obra? Como a obra nasceu? Qual o sentimento de participar da fundação da Aliança de Misericórdia? São essas perguntas que o Missionário Júlio Neto responde neste bonito testemunho:
“Foi em meados de junho de 1999, que pela primeira vez nós escutamos o termo Aliança de Misericórdia. Nós éramos um grupo de jovens músicos, que atuavam da Renovação Carismática Católica em São Paulo.
Tendo conhecido Padre Antonello e também coincidindo, através claramente da Divina Providência, com uma profecia que Deus nos havia dado sobre vida Comunitária, um dia fomos falar com ele e foi quando nos contou tudo aquilo que naquele momento era o sonho.
Um simples sonho, de uma obra, de um carisma, de um lugar aonde Deus gostaria de derramar a Sua misericórdia, cuidando e buscando aqueles que estavam mais perdidos, os menos favorecidos em todas as dimensões da realidade da pobreza, seja ela física ou espiritual. Foi quase instantâneo que nosso coração respondeu a esse chamado, antes mesmo de que a Aliança viesse a existir.
Alguns de nós chegamos a perguntar para o padre: quando é que a gente deixa tudo e vai enfrentar esse grande desafio que Deus está oferecendo a cada um de nós?
Foi então que nós começamos a caminhar tendo Padre Antonello como diretor Espiritual do nosso Ministério, e alguns de nós também a nível pessoal, como no meu caso ao longo de quase 10 anos.
Logo depois, então nesse segundo semestre de 1999, nós caminhamos juntos. Foi quando conhecemos também o Padre Henrique, o Nivaldo, os primeiros irmãos. Juntos começamos a nos reunir para orar, para meditar a Palavra de Deus, para sonhar.
Um dia, neste período, os padres foram conversar com Dom Gil, o Bispo auxiliar de São Paulo na época, enquanto nós passamos o dia inteiro de adoração Eucarística, rezando por este momento.
Eles voltaram com a resposta de Dom Gil confirmando o caminho da comunidade, para que nós pudéssemos dar início, porque esse era um sonho de Deus que estava também no coração do cardeal do São Paulo, na época Dom Cláudio Hummes. Foi uma grande festa, inclusive nós fomos celebrar já tarde da noite muito emocionados aquele momento.
Logo depois disso, foi então marcado o tão conhecido Retiro da fundação da Aliança de Misericórdia, que aconteceu na cidade de Atibaia, num sítio muito bonito que era da família de um casal membro da comunidade logo naquele início, o Sérgio e a Débora, grandes irmãos que cederam também aquele pequeno apartamento para Kitnet, onde a Comunidade de Vida morou nos primeiros momentos, no centro de São Paulo.
Nesse Retiro de Atibaia, que aconteceu no final do ano, passamos uma semana juntos e, na virada de 1999 para 2000, nasceu a Aliança de Misericórdia.
Naquela missa, que nunca vai ser esquecida por cada um de nós que estávamos lá, nascia esse carisma, que já havia nascido no coração de Deus ao longo de toda eternidade, dado através do SIM de pessoas muito limitadas, simples. Através do SIM de pessoas que não tinham, a começar em mim, a mínima consciência da dimensão que esse carisma tomaria.
Foi uma fantástica missa que durou um pouco mais de 4 horas. Naquela missa todos nós nos confessamos junto com os nossos fundadores, que naquela noite presidiram essa celebração do início da Aliança de Misericórdia.
Nós louvamos muito a Deus por aquela virada do ano, demos o nosso SIM. Foi nessa missa que aconteceu o milagre da vela derramada no altar e que se transformou na espada de São Miguel Arcanjo, quando entendemos e assumimos São Miguel Arcanjo como um protetor da Aliança de Misericórdia.
E, ao longo de toda aquela celebração, os padres iam nos falando tudo que Deus ia colocando no coração deles, como um sonho. Tudo era sempre um sonho, por isso nós temos o livro “O Sonho de Deus”, onde temos as profecias (e de vários profetas da igreja, Padre Jonas, Daniel Lange, Patti Masfield), que falavam a respeito do começo da Aliança de Misericórdia.
Eu me lembro deste momento da profecia do Padre Jonas, que dizia que a Aliança cresceria numa proporção que os fundadores não dariam conta de acompanhar, e é isso nós vemos hoje, depois de 22 anos, agora chegando aos 23 anos do nosso carisma, para honra e glória do nome do nosso Senhor Jesus Cristo.
Tendo a aprovação definitiva dos nossos Estatutos, que é um presente maravilhoso, vivendo nesse tempo também a graça da Assembleia Geral do nosso movimento, ao qual nós estamos com nosso coração voltado em muita oração, para que todo esse processo de transição, leve a Aliança de Misericórdia ainda mais a anunciar esse carisma e a misericórdia para os quatro cantos da terra, a todos aqueles que mais precisam, em todos os sentidos.
Nós nunca teríamos a dimensão de tudo isso que a comunidade é hoje, e eu acredito que daqui para os próximos 10, 20, 30, 50 anos, não conseguiremos nunca ter a dimensão do quanto essa obra cresce, do quanto essa obra salva vidas, do quanto a obra leva o anúncio da Misericórdia.
Através desse anuncio da Misericórdia, fazemos aquilo que Santa Faustina escreveu no seu diário e que Jesus revelou para ela, em que aqueles que confiariam na Misericórdia Divina, se confiassem na sua Misericórdia, ainda que pecadores, se transformariam nos santos dos últimos tempos.
Nós não somos santos, mas nós percebemos que Deus está realizando o processo de santificação, através da oferta do nosso sim, dos sofrimentos unidos ao sacrifício da Cruz de Nosso Senhor Jesus Cristo, para que, como diz na Carta de São Paulo aos Filipenses, ‘aquela boa obra que o Senhor operou em nós, ela possa seguir até o fim até o seu bom termo, e até a completa obra que o Senhor realizará em nós’ (cf. Fl 1,6), quando um dia nós poderemos cantar as Suas Misericórdias na Sua Presença, juntos no céu com todos aqueles que através desse carisma também foram alcançados e também puderam alcançar o céu.”
Diácono Júlio Neto
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